– Ossufo Momande, chefe do Departamento de Defesa da
Renamo
“Desde já informamos aos moçambicanos e à comunidade
internacional que os desmobilizados da Renamo jamais atacariam civis. O alvo
está bem identificado; é aquele que nos ataca, que rouba bens da população,
ocupa as nossas sedes, prende os nossos irmãos” – Ossufo Momade
Ossufo Momade reafirmou que a Renamo é amante da paz, mas
que não teme a guerra e advertiu que de ora em diante os desmobilizados de
guerra vão retaliar a qualquer ataque que sofrerem por parte da Polícia, não
somente no lugar onde tal ataque tiver lugar, mas, sim, em todo o País,
incluindo na cidade de Maputo.
Maputo
(Canalmoz) – O partido Renamo convidou a Imprensa, no domingo, em Maputo, para
se distanciar dos ataques perpetrados, sábado último, por grupos de homens
armados contra dois autocarros de transportes colectivos de passageiros e um
camião cisterna de combustível no posto administrativo de Muxúnguè, distrito de
Chibabava, em Sofala.
O
ataque resultou na morte de três civis e igual número de feridos.
Numa
declaração conjunta Renamo-desmobilizados de guerra no final de um encontro, o
chefe do Departamento de Defesa da Renamo, general Ossufo Momade, disse que “em
nenhum momento a Renamo e os desmobilizados vão atacar alvos civis”.
Na
sua comunicação à nação a Renamo acusou as Forças de Intervenção Rápida e as
Forças Armadas da Defesa de Moçambique de estarem a descarregar sobre civis com
o intuito de responsabilizarem a Renamo.
“Desde
já informamos aos moçambicanos e à comunidade internacional que os
desmobilizados da Renamo jamais atacariam civis. O alvo está bem identificado;
é aquele que nos ataca, que rouba bens da população, ocupa as nossas sedes,
prende os nossos irmãos”, afirmou Ossufo Momade.
O
dirigente da Renamo aproveitou a ocasião para aconselhar os moçambicanos a se
absterem de utilizar o troço Save-Muxúnguè até que a situação esteja
normalizada.
No
terreno a circulação rodoviária neste momento já está a ser feita em coluna
militar, entre o Rio Save e o Inchope.
Ossufo
Momade reafirmou que a Renamo é amante da paz, mas que não teme a guerra e
advertiu que de ora em diante os desmobilizados de guerra vão retaliar a
qualquer ataque que sofrerem por parte da Polícia, não somente no lugar onde
tal ataque tiver lugar, mas, sim, em todo o País, incluindo a cidade de Maputo.
“A
Frelimo escudando-se no Governo tem um muro nas suas costas, ou o abismo, de
modo que não pode esperar mais”, refere a Renamo advertindo que “ou a Frelimo
assume a sentar e a acertar o que é reivindicado pela oposição ou então se
arrisca a perder biliões de dólares investidos em muitos projectos no campo e
nas cidades”.
“Esperemos
para ver, pois o melhor tempo para parar com a guerra é antes do seu início,
pois de contrário ela provocará luto e destruição”, acrescenta a Renamo.
“Apelamos
aos moçambicanos e à comunidade internacional para estarem atentos aos próximos
desenvolvimentos”, ameaçou.
Entende
ainda que os desmobilizados da luta pela democracia não devem continuar a
assistir a Polícia a massacrar o povo, a reprimir com violência as
manifestações, alegadamente pacíficas dos vários tecidos sociais.
“Nós, desmobilizados residentes na cidade e
província de Maputo, tomamos o ataque a Muxúnguè como ataque a Renamo, do
Rovuma ao Maputo. As ameaças de caça ao homem anunciadas pelo vice-ministro do
Interior terão uma resposta pronta no teatro das operações”, disse o chefe do
departamento de defesa e segurança. (Redacção)
Imagem: www.destinosdeviagem.com
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