Por detrás de cada problema, e de cada guerra, jaz sempre uma mulher.
Aguardo sempre a infinita espera da demora
Como na magia das margens do meu céu
desespera um anjo
Nunca esquecerei o meu gesto de ternura
Sempre dedicado ao meu filho
no longínquo abandonado
Por promessas que nunca serão cumpridas
Nunca esquecerei as esperas
das minhas incontáveis bichas
Filas humanas para conseguir o essencial
de todos os dias
Séculos e séculos desesperados
para me afirmar como mulher
Com dignidade de escrava
habituei-me a suportar
Os desprezos que sobre mim tem lançado
E nesta condição humana provocada
Renasce-me a negra existência
e medito, reafirmo:
Sou negra como o sol castanho
amarelecido das tardes
Como o luar das noites, naturais
Manchada das alvas amarelas do anual
malmequer
Porque sou bela, como o amanhecer
de todos os dias
Sou negra, digna descendente
da nobreza africana
Aguardo sempre a infinita espera da demora
Como na magia das margens do meu céu
desespera um anjo
Nunca esquecerei o meu gesto de ternura
Sempre dedicado ao meu filho
no longínquo abandonado
Por promessas que nunca serão cumpridas
Nunca esquecerei as esperas
das minhas incontáveis bichas
Filas humanas para conseguir o essencial
de todos os dias
Séculos e séculos desesperados
para me afirmar como mulher
Com dignidade de escrava
habituei-me a suportar
Os desprezos que sobre mim tem lançado
E nesta condição humana provocada
Renasce-me a negra existência
e medito, reafirmo:
Sou negra como o sol castanho
amarelecido das tardes
Como o luar das noites, naturais
Manchada das alvas amarelas do anual
malmequer
Porque sou bela, como o amanhecer
de todos os dias
Sou negra, digna descendente
da nobreza africana
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