domingo, 22 de março de 2009

A República dos três cês


Para cada general o seu quintal
Na República dos três cês
E para cada amante
A sua casa, o seu carro e a sua conta bancária

Parece que ninguém ainda se apercebeu
São demasiadas as jovens
Que conduzem carros e jipes de luxo
Este poder faz estremecer
Elas não têm condição financeira para tal
Está mais horrível
Mais terrível que no tempo colonial

São, andam como o poder do braço secular
Insular da Inquisição
Antes tal e qual como no 27 de Maio
Agora esta, outra, actual
Iniciada 28 de Maio

Regressa a barbárie, o Império do Terror
Acompanha-o a quadriga, o carro blindado
fúnebre papal

Os funcionários da presidência da república
Diziam que a crise da recepção
Nunca chegaria aqui, não
Analfabetismo fardado é assim
Entretanto tiraram curso de superação
Impõem o Terror nos prédios que restam

É por isso que os tugas levam tudo
Não deixam nada
Porque quem aqui se implantar e edificar
Nada vai levar
De certeza que lhe vão destruir, roubar

Os colonos já deixaram
Tantas e belas coisas construídas
E os libertadores destruíram tudo
Preferem a liberdade de morrerem à fome

Nesta República dos três cês
E do comité de especialidade das misses amantes
É um poder presidencial, tribal ou tradicional?

Foto: Angola em fotos






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