O governo não está a governar, está a destruir o que resta de Luanda. Os fusíveis da governação fundem constantemente, porque os cabos eléctricos estão saturados.
- Factura 2552. Maxis, 2 de Dezembro. Serviços assistência. 3.000.000.00 de dolo. Factura 1532, Maxis, 15 de Dezembro. Fornecimento de pneus e materiais. 2.800.000.00 de dolo. Factura sem número. Maxis, 20 de Dezembro. Material diverso, 9.000.000.00 de dolo. Factura 001/Max/12/03. Maxis, 28 de Dezembro. Construção das instalações da Maxis. 3.500.000.00 de dolo. Saída de caixa sem número. Maxis, Dezembro 03. Pagamento alugueres do terreno, 540.000.00 de dolo.
Epok é um operativo, por isso não se sente à vontade nas vestes de administrativo. Tosse algumas vezes, para ver se consegue dar por terminado o relambório, mas debalde:
- Continua Epok.
- Meu rei, o contabilista indica os métodos que utilizam para nos roubarem.
- Ai é! Grande burro. Creio que vai acabar com um saco de plástico na cabeça.
- Continuando meu rei… omissão da facturação. Omissão ou diminuição das existências. Falta de gestão das existências. Emissão de documentos a simular pagamentos aos sócios. Omissão das contas bancárias em divisas. A conta Caixa, credora. No fim do ano emitem-se documentos de outras empresas, as quais funcionam como fantasmas. Movimentação de divisas sem a criação da conta Caixa em divisas. Casas de câmbios e agências de viagens utilizadas para lavagens de dinheiro.
Seis empresas do mesmo sócio maioritário, mas os seus custos suportam-se apenas por uma, e as receitas ocultam-se. No fim do ano emitem-se documentos falsos, de fornecimentos para a única que funciona. Auto financiamento, grandes negociatas e ostentação de riqueza com os vencimentos não pagos aos trabalhadores. As empresas de construção civil são as mais sacanas, as que mais roubam e exploram num reino onde não existe contabilidade.
Não havendo prestação de contas, o reino a qualquer momento implode, como o subprime. Por exemplo: 800 tijolos, mas só gastaram 200. Aditamentos a orçamentos omitem-se. Omissão dos movimentos na contabilidade, de pagamentos de dívidas por parte das Finanças. Tentativa de corrupção aos funcionários das Finanças com o pagamento de uma comissão de 20%, ou superior, se a dívida for paga. Depois de receber a divida, esta não é movimentada na contabilidade.
Viaturas vendidas mas, continuam no inventário, não se fez o abate. Sobre-facturação, por exemplo: Uma resma de papel custa 5 dólares, vende-se a 8, a diferença paga-se numa conta no estrangeiro. Viaturas pagas por empresas estatais desaparecem dos inventários, passando para nome pessoal dos directores. Ocultação de documentos comprometedores em divisas.
Não reconciliação de contas bancárias. Extractos bancários viciados: um apresenta-se como real, outro, fictício, apresenta os movimentos conluiados com os funcionários bancários. É daqui que nasce a riqueza misteriosa. Ameaças de morte ao Técnico de Contas. Estes empresários são cleptómanos de uma voracidade tão intensa, que até roubam um vulgar CD-ROM virgem. Este reino está acabado, imolado, não temos empresas, nem empresários, temos cantineiros.
Epok está bem chateado, disfarça a temperatura elevada do seu termómetro cerebral. Não nasceu para estas coisas. Como bom sipaio, reforça a maledicência:
- Meu rei, acho que procedemos mal. Nunca demos valor aos Técnicos de Contas. O reino distancia-se para além de um quilombo.
Foto: Angola em fotos
- Factura 2552. Maxis, 2 de Dezembro. Serviços assistência. 3.000.000.00 de dolo. Factura 1532, Maxis, 15 de Dezembro. Fornecimento de pneus e materiais. 2.800.000.00 de dolo. Factura sem número. Maxis, 20 de Dezembro. Material diverso, 9.000.000.00 de dolo. Factura 001/Max/12/03. Maxis, 28 de Dezembro. Construção das instalações da Maxis. 3.500.000.00 de dolo. Saída de caixa sem número. Maxis, Dezembro 03. Pagamento alugueres do terreno, 540.000.00 de dolo.
Epok é um operativo, por isso não se sente à vontade nas vestes de administrativo. Tosse algumas vezes, para ver se consegue dar por terminado o relambório, mas debalde:
- Continua Epok.
- Meu rei, o contabilista indica os métodos que utilizam para nos roubarem.
- Ai é! Grande burro. Creio que vai acabar com um saco de plástico na cabeça.
- Continuando meu rei… omissão da facturação. Omissão ou diminuição das existências. Falta de gestão das existências. Emissão de documentos a simular pagamentos aos sócios. Omissão das contas bancárias em divisas. A conta Caixa, credora. No fim do ano emitem-se documentos de outras empresas, as quais funcionam como fantasmas. Movimentação de divisas sem a criação da conta Caixa em divisas. Casas de câmbios e agências de viagens utilizadas para lavagens de dinheiro.
Seis empresas do mesmo sócio maioritário, mas os seus custos suportam-se apenas por uma, e as receitas ocultam-se. No fim do ano emitem-se documentos falsos, de fornecimentos para a única que funciona. Auto financiamento, grandes negociatas e ostentação de riqueza com os vencimentos não pagos aos trabalhadores. As empresas de construção civil são as mais sacanas, as que mais roubam e exploram num reino onde não existe contabilidade.
Não havendo prestação de contas, o reino a qualquer momento implode, como o subprime. Por exemplo: 800 tijolos, mas só gastaram 200. Aditamentos a orçamentos omitem-se. Omissão dos movimentos na contabilidade, de pagamentos de dívidas por parte das Finanças. Tentativa de corrupção aos funcionários das Finanças com o pagamento de uma comissão de 20%, ou superior, se a dívida for paga. Depois de receber a divida, esta não é movimentada na contabilidade.
Viaturas vendidas mas, continuam no inventário, não se fez o abate. Sobre-facturação, por exemplo: Uma resma de papel custa 5 dólares, vende-se a 8, a diferença paga-se numa conta no estrangeiro. Viaturas pagas por empresas estatais desaparecem dos inventários, passando para nome pessoal dos directores. Ocultação de documentos comprometedores em divisas.
Não reconciliação de contas bancárias. Extractos bancários viciados: um apresenta-se como real, outro, fictício, apresenta os movimentos conluiados com os funcionários bancários. É daqui que nasce a riqueza misteriosa. Ameaças de morte ao Técnico de Contas. Estes empresários são cleptómanos de uma voracidade tão intensa, que até roubam um vulgar CD-ROM virgem. Este reino está acabado, imolado, não temos empresas, nem empresários, temos cantineiros.
Epok está bem chateado, disfarça a temperatura elevada do seu termómetro cerebral. Não nasceu para estas coisas. Como bom sipaio, reforça a maledicência:
- Meu rei, acho que procedemos mal. Nunca demos valor aos Técnicos de Contas. O reino distancia-se para além de um quilombo.
Foto: Angola em fotos
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