sexta-feira, 27 de março de 2009

Breve História do Terrorismo Bancário (12)


A China prepara-se para dominar o mundo. Colabora com mão-de-obra escrava e clonagem de equipamentos. Os preços saem baixíssimos, rebentam com a economia dos concorrentes. É uma potência mundial, beneficia do mérito de campeã mundial da poluição. Não desejo viver debaixo de tão horrível ditadura.


«* Os três maiores bancos – Bank of America Corp., J.P.Morgan Chase & Co. e Citigroup Inc. – tinham 21,4% de todos os depósitos do país no fim de 2007; com as vendas promovidas pelo governo dos ativos bancários do Washington Mutual Inc. ao J.P.Morgan e do Wachovia Corp. ao Citigroup, os três grandes passaram instantâneamente a ter 31,3% de todos os depósitos.[1] Outros bancos menores também estão sendo abocanhados pelos grandes, agravando a concentração bancária nos EUA.

* Freddie Mac e Fannie Mae, as duas seguradoras autárquicas que há um mês receberam uma boia de salvamento de US$ 85 bilhões do Tesouro estadunidense, detinham juntas US$ 740 bilhões em crédito em 1990; US$ 1,25 trilhão em 1995; US$ 2 trilhões em 1999; US$ 4 trilhões em 2005. Em setembro de 2007, logo antes da estatização, seus ativos chegaram a US$ 5,4 trilhões, ou 45% do total do crédito imobiliário nos EUA, cerca da metade do PIB estadunidense!!! Descomunais sáurios financeiros, as duas sustentavam com garantias 97% dos títulos de empréstimos hipotecários. Eram o fim da cadeia imobiliária, os que vendiam seguros dos papéis de dívida, que se haviam multiplicado de forma descontrolada numa espiral gananciosa e irresponsável. Esta aceleração do valor dos seus ativos resultou da bolha imobiliária de 2001-2006 e da maré especulativa resultante do florescimento da engenharia financeira. (Warde, 2008:15)

Segundo fato, os novos tiranossauros oligopolistas estão chegando justamente quando se avizinha o tempo de sua extinção... Sim, pois a crise financeira vai certamente se agravar ao longo dos próximos dois ou três anos. E não é difícil prognosticar isto, dado que as autoridades da política econômica mundial não querem examinar as causas profundas da crise: um himalaia de dinheiro especulativo, sem base na economia real e, por isso, sem possibilidade de resgate pelos fundos públicos; a liberdade dos Bancos Centrais e dos agentes financeiros de manipular a taxa de usura a seu belprazer; a falta de regulações que garantam que as finanças sejam um instrumento para o investimento produtivo; os refúgios fiscais, as jurisdições secretas e os mil e um canais de evasão fiscal e cambial em todo o mundo para ali refugiar-se; a irresponsabilidade dos grandes bancos e empresas industriais de buscar lucros fáceis e abundantes na especulação financeira; e, envolvendo isto tudo, a compulsão de crescer, de consumir, de crescer mais, de consumir mais, e de inundar a terra com lixos e rejeitos de todo tipo.

Lucrar sem produzir

Esta é, numa palavra, a tônica da fase avançada do capitalismo mundial: lucrar sem produzir. Enquanto 850 milhões de seres humanos padecem e morrem de fome na Terra, outros ganham fortunas sem produzir, apenas especulando. Um sistema econômico que é irracional, ineficiente e imoral, do ponto de vista da maioria dos habitantes e dos ecossistemas do planeta. E que reproduz continuamente uma profunda divisão das sociedades e da espécie em classes sociais, que transcendem os territórios nacionais e se globalizam. A nomenclatura Norte Global e Sul Global, portanto, é adequada e precisa para identificar como a humanidade está dividida em classes sociais pelo sistema do capital, e de forma ainda mais cruel agora que a financeirização levou as carências, as desigualdades, a violência e a insegurança ao paroxismo. Como se expressa em cifras esta financeirização?

In Marcos Arruda. Ladislau Dowbor


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