A hipocrisia continua firme, afirma-se. Depois de quinhentos anos o Papa Bento VXI, parece que encontrou finalmente a solução da miséria do Continente Negro. Por exemplo, lembrar que o Continente não está esquecido. Com mais alguns comunicados papais e a miséria resolve-se com toda a facilidade, naturalidade.
- Aparentemente mudam, mas na verdade não. Inventam-se constantemente novas tecnologias que dizem ser apropriadas para o humano. Curiosamente quanto mais sofisticadas são as tecnologias, a miséria, a fome, também o são. Fico com a certeza que nunca vi tanta escravidão, tantas mortes silenciosas, como hoje em dia. Se não houverem mudanças, os esqueletos futuros serão arquivados nas enciclopédias de outras civilizações. Serão encontrados, estudados, como uma espécie desconhecida que passou pela Terra. Os investigadores dos tempos futuros trabalharão muito para descobrir, explicar, o enigma deste fenómeno humano.
- Que as seitas cozinharam no pão do espírito
- Claro! É o apanágio das igrejas. De noite todos os gatos são pardos. Um lobo visionário cunha um culto qualquer, alforja-se e vira empresário. O aproveitar da religião é sucesso para toda a vida, sabe porquê?
- Faz render o peixe!
- Livre de impostos.
- Daria boa sacerdotisa, mas não me agrada.
- Na Veni, Vidi, Vici, há lugar para si, aceita?
- Não!
- Prefere morrer de fome na velhice?
- Não tenho coragem para enganar pessoas.
- Jasmim da astuta Noite… Tanta demanda, tanto tempo perdido em vão à procura dele…
- Dele?...
Sim! Sim! Do dinheiro, quitare. A riqueza monetária é o Santo Graal.
Ouvi o coro transparente de vozes infantis a ensaiarem um cântico de louvor a Deus. Um piano acompanhava-as. Vozes tranquilizantes no angelical Paraíso, alento para almas destroçadas. Magnificat para penetrar o espírito deificado. O Bispo Éden deixou-me. Foi a cantarolar, a sorrir como se fosse o homem mais feliz deste mundo. Juntou-se às crianças, afagou-as, abraçou-as, beijou-as, nublou-se de branco como no reino dos céus.
- Mentor… estaquei! Quanto mais mergulho nas religiões, mais confusa fico. Ah, se o perfume dos jasmins saturasse as nossas consciências… as palavras honradas movem-se como o vento pela rama jasminal.
- Os possuídos pelo dinheiro como milho dão as cartas, jogam, nunca perdem. Os terra-a-terra jogam na carta constitucional, perdem sempre.
- À boa vida.
- Quando um vírus de nível quatro ataca, e está prestes a dizimar a população, pára porque não sobrevive sem portador. As igrejas lutam para que os fiéis esfomeados não sucumbam. Sem mão-de-obra extinguem-se. Mas, não passam de seitas religiosas que adulteram… não panificam a religião. Inundam nos pobres de Cristo banalidades supersticiosas… poluição religiosa. Os Estados são pessoas de bem, nos píncaros do desenvolvimento científico. Entretanto, legalizam seitas religiosas que atentam a dignidade humana, mais-valia da fome.
- Resta a religião natural do médico abnegado que desfalece para salvar o próximo. Os vivos permanecem, a memória dos médicos mortos também.
Foto: http://news.bbc.co.uk/2/hi/in_pictures/7704187.stm
- Aparentemente mudam, mas na verdade não. Inventam-se constantemente novas tecnologias que dizem ser apropriadas para o humano. Curiosamente quanto mais sofisticadas são as tecnologias, a miséria, a fome, também o são. Fico com a certeza que nunca vi tanta escravidão, tantas mortes silenciosas, como hoje em dia. Se não houverem mudanças, os esqueletos futuros serão arquivados nas enciclopédias de outras civilizações. Serão encontrados, estudados, como uma espécie desconhecida que passou pela Terra. Os investigadores dos tempos futuros trabalharão muito para descobrir, explicar, o enigma deste fenómeno humano.
- Que as seitas cozinharam no pão do espírito
- Claro! É o apanágio das igrejas. De noite todos os gatos são pardos. Um lobo visionário cunha um culto qualquer, alforja-se e vira empresário. O aproveitar da religião é sucesso para toda a vida, sabe porquê?
- Faz render o peixe!
- Livre de impostos.
- Daria boa sacerdotisa, mas não me agrada.
- Na Veni, Vidi, Vici, há lugar para si, aceita?
- Não!
- Prefere morrer de fome na velhice?
- Não tenho coragem para enganar pessoas.
- Jasmim da astuta Noite… Tanta demanda, tanto tempo perdido em vão à procura dele…
- Dele?...
Sim! Sim! Do dinheiro, quitare. A riqueza monetária é o Santo Graal.
Ouvi o coro transparente de vozes infantis a ensaiarem um cântico de louvor a Deus. Um piano acompanhava-as. Vozes tranquilizantes no angelical Paraíso, alento para almas destroçadas. Magnificat para penetrar o espírito deificado. O Bispo Éden deixou-me. Foi a cantarolar, a sorrir como se fosse o homem mais feliz deste mundo. Juntou-se às crianças, afagou-as, abraçou-as, beijou-as, nublou-se de branco como no reino dos céus.
- Mentor… estaquei! Quanto mais mergulho nas religiões, mais confusa fico. Ah, se o perfume dos jasmins saturasse as nossas consciências… as palavras honradas movem-se como o vento pela rama jasminal.
- Os possuídos pelo dinheiro como milho dão as cartas, jogam, nunca perdem. Os terra-a-terra jogam na carta constitucional, perdem sempre.
- À boa vida.
- Quando um vírus de nível quatro ataca, e está prestes a dizimar a população, pára porque não sobrevive sem portador. As igrejas lutam para que os fiéis esfomeados não sucumbam. Sem mão-de-obra extinguem-se. Mas, não passam de seitas religiosas que adulteram… não panificam a religião. Inundam nos pobres de Cristo banalidades supersticiosas… poluição religiosa. Os Estados são pessoas de bem, nos píncaros do desenvolvimento científico. Entretanto, legalizam seitas religiosas que atentam a dignidade humana, mais-valia da fome.
- Resta a religião natural do médico abnegado que desfalece para salvar o próximo. Os vivos permanecem, a memória dos médicos mortos também.
Foto: http://news.bbc.co.uk/2/hi/in_pictures/7704187.stm
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