Lisboa - A empresa de seguros AAA registrou desde a sua
fundação (ao tempo da rua direita de Luanda) a fuga de cerca ou
mais de 50 quadros, na sua maioria do sexo feminino. A justificação
da fuga é, em meios atentos em
Luanda, associada a ambiente de assedio
sexual acrescida a uma notada desconsideração aos quadros
(problemas de relações humanas da direcção).
Fonte: Club-k.net
O mesmo se passa no BIC e nas Alfândegas
De acordo com uma
discrição dos factos, o “modus operandus”, do assedio, acontece durante o
processo de recrutamento ao qual um alto funcionário (nome
propositadamente ocultado) chama a si, a exclusividade da selecção dos
recrutados. No dia em que se faz a selecção, o “alto
funcionário”, despacha primeiro os rapazes conforme os critérios de
apuramento deixando por último as raparigas, momento em que
são atentadas. Ao lado do gabinete do “alto funcionário”, numa das portas
que da para sala onde ficam as suas secretarias, há uma sala, onde ao fim
do dia, o responsável partilha momentos com as assediadas. (Tem
preferência por mestiças de cabelos longos).
Não obstante,
algumas cederem, o caso que mais popularizou-se na empresa sucedeu-se a
cerca de quatro anos atrás com uma filha de um general. A menina não terá
se simpatizado com tais praticas de assedio tendo queixado ao
seu progenitor, que por sua vez, apareceu naquela empresa
ameaçar o “alto funcionário”.
Relatos de assedio sexual, idênticos aos que ocorrem nas AAA são identificados em outras empresas públicas e privadas angolanas com realce as Alfândegas (de forma muito discreta), no Tribunal de Contas e no banco BIC. Nesta última, há um alto responsável que também chama a si a competência de seleção das candidatas recrutadas. Certo dia o mesmo foi esbofeteado por um encarregado de educação após tomar conhecimento que a sua filha estaria a ser levada para uma “estranha” sessão no hotel Alvalade, em Luanda.
Muitas das assediadas, em Angola recusam-se a denunciar com medo de perder o emprego ou tomam proveito para virem ser promovidas no local de trabalho. Em Julho de 2010, uma funcionaria da Direcção Provincial do Namibe da Justiça, Rosa Camunu José, denunciou o juiz presidente daquela Província, António Vissandula por a ter despedido na seqüência de uma suposta negação de assedio sexual. A vitima queixou-se ao SG do MPLA, Dino Matross, numa das deslocações do dirigente mas o caso seria abafado com a ajuda da governadora, Candida Celestre, que alegou não haver provas da acusação da vitima.
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