sexta-feira, 20 de julho de 2012

Milícias do regime perseguem autores da manifestação do São Paulo



Luanda - Caça ao homem nos municípios de Cacuaco e Cazenga. Os jovens do Movimento Revolucionário Estudantil (MRE) são o principal alvo. Até há pouco tempo continuava a busca dos jovens que protagonizaram a manifestação do sábado passado adjacente do mercado do São Paulo, em Luanda.
Fonte: Club-k.net
Polícia à caça dos autores da manifestação do sábado
Os mesmos, segundo a fonte deste portal, estão a ser procurados - pela polícia acompanhado de elementos trajado a civil - sob o protesto de serem "altamente perigosos". A mensagem é passada para os seus vizinhos que ficam sem perceber o que, efectivamente, se está a passar.
A referida "operação" teve início na última quarta-feira, 18, segundo os "revolucionários" que - de momento - encontram-se "escondidos" em algures da capital angolana, temendo pelas suas vidas. "Os jovens abandonaram as suas residências", avançou a fonte. Mário Domingos (na foto a esquerda) disse ter procurado contactar a polícia mas não obteve sucesso.
Recentemente, a organização não governamental Human Rights Watch tornou público um comunicado onde denunciava "as perseguições" contra os protagonistas das manifestações, numa altura em que o país se prepara para realizar mais um pleito eleitoral.
Sendo também uma realidade propositadamente ignorada pelo Presidente do MPLA a quem convém deixar a entender que os acontecimentos de raptos e as perseguições são de menos importância para que não se valorize o efeito desta violência sobre os resultados das eleições.

Eduardo dos Santos na qualidade de presidente do MPLA tem preferido falar de democracia, embora não fale de Liberdades Fundamentais, talvez circusntancialmente rasgando parte das páginas da Constituição onde estes princípios se inserem. São os princípios que deviam fazer a alma do Estado democrático  de direito, teoricamente muito propalados.

“Em síntese, o que está em questão é ao mesmo tempo simples e ambicioso. Trata-se, no fundo, de consolidar a paz, reforçar a democracia e preservar a unidade e a coesão nacional…” disse Eduardo dos Santos na passada terça-feira, aos seus partidários por ocasião da apresentação do Programa de Governo.
O chefe do partido no poder geralmente de ignora ou finge que  não vê  relação alguma  causa-efeito entre a democracia e a livre expressão quando ao mesmo tempo  que pronuncia lindas palavras,  não põe cobro, ou potencia directamente a milícia, para perseguir os jovens e os chefes de famílias que pretendam manifestar-se.  Para provar o contrário que nos digam qual é o verdadeiro paradeiro de Alvaro Kamulingue e Isaías Kassule.

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