Luanda - Caça ao homem nos municípios de Cacuaco e Cazenga. Os jovens do
Movimento Revolucionário Estudantil (MRE) são o principal alvo. Até há pouco
tempo continuava a busca dos jovens que protagonizaram a manifestação do sábado
passado adjacente do mercado do São Paulo, em Luanda.
Fonte:
Club-k.net
Polícia à caça dos autores da manifestação do sábado
Os mesmos, segundo
a fonte deste portal, estão a ser procurados - pela polícia acompanhado de
elementos trajado a civil - sob o protesto de serem "altamente
perigosos". A mensagem é passada para os seus vizinhos que ficam sem
perceber o que, efectivamente, se está a passar.
A referida
"operação" teve início na última quarta-feira, 18, segundo os
"revolucionários" que - de momento - encontram-se
"escondidos" em algures da capital angolana, temendo pelas suas
vidas. "Os jovens abandonaram as suas residências", avançou a fonte.
Mário Domingos (na foto a esquerda) disse ter procurado contactar a polícia mas
não obteve sucesso.
Recentemente, a
organização não governamental Human Rights Watch tornou público um comunicado
onde denunciava "as perseguições" contra os protagonistas das
manifestações, numa altura em que o país se prepara para realizar mais um
pleito eleitoral.
Sendo também uma
realidade propositadamente ignorada pelo Presidente do MPLA a quem convém
deixar a entender que os acontecimentos de raptos e as perseguições são de
menos importância para que não se valorize o efeito desta violência sobre os
resultados das eleições.
Eduardo dos Santos na qualidade de presidente do MPLA tem preferido falar de democracia, embora não fale de Liberdades Fundamentais, talvez circusntancialmente rasgando parte das páginas da Constituição onde estes princípios se inserem. São os princípios que deviam fazer a alma do Estado democrático de direito, teoricamente muito propalados.
“Em síntese, o que está em questão é ao mesmo tempo simples e ambicioso. Trata-se, no fundo, de consolidar a paz, reforçar a democracia e preservar a unidade e a coesão nacional…” disse Eduardo dos Santos na passada terça-feira, aos seus partidários por ocasião da apresentação do Programa de Governo.
O chefe do partido
no poder geralmente de ignora ou finge que não vê relação
alguma causa-efeito entre a democracia e a livre expressão quando ao
mesmo tempo que pronuncia lindas palavras, não põe cobro, ou
potencia directamente a milícia, para perseguir os jovens e os chefes de
famílias que pretendam manifestar-se. Para provar o contrário que nos
digam qual é o verdadeiro paradeiro de Alvaro Kamulingue e Isaías Kassule.
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