Os partidos políticos na oposição e organizações
juvenis instaram ao governo americano, a tomar medidas enérgicas para se
impedir a fraude eleitoral em Angola, com propósitos de evitar uma revolta
popular cujas consequências poderão ser maiores.
Por Antonio Capalandanda | Benguela VOA
As advertências surgem na sequência da visita
que o Embaixador dos Estados Unidos da América em Angola, Joseph J. Mcmullen,
efectuou a Benguela, onde manteve encontros com as autoridades governametais,
partidos politicos e membros da sociedade civil.
Os diferentes actores falam da crise social,
reconhecem os ganhos relativos da paz e receiam uma convulsão social, antes ou
depois das eleições. O embaixador Mcmullen participou no “Quintas de Debates”,
um espaço promovido pela associação civica Omunga.
O diplomata americano debruçou-se sobre o
tema “ A Evolução da Democracia Norte Americana, Liçoes para Angola”.
Os diferentes sectores da sociedade em
Benguela, consideraram diplomaticamente correcta a postura do embaixador
durante os debates, mas afirmam que o clima de tensão em Angola não se resolve
com discursos diplomaticos.
Na ocasião o embaixador anunciou a pretensão
do seu governo investir cerca de dois milhoes de dolares, para a edução civica
eleitoral, observação e capacitação dos jornalistas para a cobertura eleitoral.
A VOA, Martins Domingos, presidente do Forum
de Ascultação e Participação Juvenil de Benguela, considerou inuntil este
invistimento, alegando que espera que os americanos usem a sua influencia para
persudir as autoridades angolanas a realizarem eleiçoes livres justas e
transparentes para se evitar conflitos.
“ O apelo que eu deixo ao governo americano e
ao executivo angolano é quando o processo sair mal o povo é que será
sacrificado” disse aquele lider juvenil, acrescentando que “ em paises com
processos iguais quem ficou desalojado foi o povo em função deste cinismo das
instituiçoes internacionais e nacionais.”
Alberto Nagalanela, secretario provincial da
UNITA, disse que, existe a percepção que os americanos estão mais
interessados com o petroleo do que com o sofrimento dos angolanos, mas concorda
com as afirmaçoes do embaixador de que o problema angolanos depende muito
das dinamicas locais reividicativas e exigencias legitimas dos varios
actores.
“ Os intervenientes acham que os Estados
Unidos não têm exercido com toda sua influencia acçoes que possar persuadir o
governo angolano a enveredar para o aprofundamento da democracia
inclusiva, inclusive questionaram o facto de os americanos usarem dois
pesos e duas medidas em certos paises.”
O politico proseguiu dizendo que “ esse
entendimento é proprio para um povo como o angolano que está
cansado e que muitas das vezes sabe que nem sempre os resultados
eleitores não reflectem a vontade do povo”.
Já Francisco Viena, secretario provincial do
Bloco Democratico apelou aos americanos a repensarem Angola sobretudo neste
fase eleitoral.
“ Angola precisa do apoio dos americanos. Nós
angolanos gostariamos que os americanos ajudassem Angola neste momento
que estamos em paz, a democratizar o nosso país, tornar o processo democratico
angolano serio. Nós não gostariamos que presidente americano ajudasse Angola
numa altura de convulsoes sociais e talvez ate la os apoios serão mais caros.”
Todos os intervenientes apontaram a corrupção
como a principal causa do retrocesso do processo democratico e dos abusos em
Angola.
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