– refere o relatório de avaliação de crime e
violência em Moçambique, lançado ontem em Maputo
Em África, Moçambique figura como o 12º país com
mais assassinatos. A nível dos países de expressão portuguesa, é o país com
mais homicídios, depois do Brasil
Maputo (Canalmoz) – Moçambique é classificado como
um dos países mais violentos do mundo, segundo um relatório de avaliação de
crime e violência, lançado ontem em Maputo. No que diz respeito aos homicídios,
Moçambique figura na lista entre os 30 países com maior ocorrência deste tipo
de crime (assassinatos), a nível mundial.
Quanto a assassinatos, no quadro de países apenas
do continente africano, Moçambique figurando na 12ª posição. Em África há 55
países.
Entre os países lusófonos, Moçambique é o 2º da
lista com mais homicídios, depois do Brasil. A CPLP tem 8 países.
O relatório é da autoria da “Open Society
Initiative for Southern Africa”. Foi lançado em Maputo, com a participação do
Ministério da Justiça.
O relatório versa ainda sobre outros temas da área
de crime e violência. Sobre a reclusão, o estudo aponta que, apesar de constar
entre os países com uma reduzida taxa da população prisional em África,
Moçambique está entre os países do continente com maior taxa de aumento da
população prisional a seguir ao Malawi, Ruanda e Benim.
Lembre-se que recentemente, numa entrevista ao
Canalmoz, Castigo Machaieie, director da cadeia central de Maputo, explicou
que, por dia, em média, novos 50 prisioneiros dão entrada naquela que é o
principal estabelecimento prisional do país ou seja, uma média de 1500 novos
reclusos/mês são encarcerados nesta cadeia. Mas o verdadeiro problema que
preocupa na cadeia central de Maputo é a sua superlotação. Segundo disse o
próprio director, esta cadeia foi concebida para albergar 2500 pessoas, mas
neste momento tem mais do que o triplo da sua capacidade. Estão oito mil
reclusos encarcerados na Cadeia Central da Machava.
Já Alice Mabota, a presidente da Liga dos Direitos
Humanos, recordou recentemente que as cadeias moçambicanas foram concebidas na
década 60 quando a população era de 9.5 milhões de habitantes. Neste momento, o
país tem 22 milhões de habitantes. (Cláudio Saúte)
Imagem: lobabranca.fotosblogue.com
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