O Chefe de
Operações da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda / Forças Armadas de
Cabinda (FLEC/FAC) disse à PNN que a 18 de Janeiro um confronto entre
guerrilheiros e as Forças Armadas de Angola (FAA) provocou nove mortos dos
quais dois cidadãos chineses.
Segundo o
chefe militar da guerrilha cabindesa, António Xavier, o confronto terá ocorrido
na manhã de 18 de Janeiro a cerca de 40 km de Dinge quando uma patrulha da
FLEC/FAC composta por onze militares cruzou casualmente uma coluna da FAA que
seguia em direcção da cidade de Cabinda.
Surpreendidos
com o «encontro» os soldados das FAA terão imediatamente aberto fogo atingido
mortalmente dois guerrilheiros. A FLEC/FAC ripostou causando a morte de que se
encontravam no interior de uma carrinha que estava a ser escoltada cinco
soldados angolanos e dois cidadãos chineses pela coluna das FAA.
«Não
pretendíamos atingir os estrangeiros, nem sabíamos quem eles eram. Mas
encontraram-se no meio do fogo», disse o Chefe de Operações da FLEC/FAC
sublinhando que a guerrilha não tem como alvo os estrangeiros que trabalham em
Cabinda, contudo acrescenta que são os estrangeiros que estão a financiar a
guerra no enclave dado que «colaboram financeiramente com o MPLA».
Segundo o
mesmo militar logo após a acção e temendo uma chegada de reforços das FAA os
guerrilheiros recuaram para matas. «Tem sido muito complicada a nossa
movimentação em Cabinda», reconheceu António Xavier, «dado que as FAA,
contrariamente ao que dizem à Comunidade Internacional, reforçaram muito a sua
presença em Cabinda.»
O mesmo
militar disse também que a FLEC/FAC está receptiva a dialogar com Luanda, mas
esta incitativa é da responsabilidade do staff de Nzita Tiago, exilado em
França, assim como do Governo de Angola.
O grupo de
guerrilheiros que participou na operação pertence à ala da FLEC/FAC fiel a
Nzita Tiago que contesta a liderança da FLEC chefiada por Alexandre Tati, ex
vice presidente da FLEC/FAC.
Rui Neumann
PNN Portuguese
ANGOLA24HORAS.COM
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