Luanda
– O município de Cacuaco, arredores de Luanda, volta
a estar no centro das atenções das organizações dos direitos humanos, pelos
acontecimentos que estão a abalar os municipes. Com um número de pessoas
envolvidas (fala-se em 5 mil famílias), assim como os meios de guerra
utilizados na operação militar, estas demolições, não tanto pelo valor do
prejuízo que causaram às vítimas, atingiram proporções sem igual no historial
destas ocorrências.
Fonte: Club-k.net
Fonte: Club-k.net
Com efeito, foi na passada sexta-feira 1 de Fevereiro
que milhares de famílias do Maiombe, um bairro novo daquele município,
viram-se despojadas dos seus tectos.
Naquele dia, contaram as vítimas, militares e outras forças paramilitares desembarcaram no bairro muito cedo, onde máquinas bulldozer em número não determinado, aguardavam para entrarem em acção pouco depois.
Milhares de militares e polícias estiveram no terreno, neste momento fortemente patrulhado ainda. Pelo menos 7 helicópteros foram contados, para cobertura da operação que se prolongou por dois dias. “Eles voavam há poucos metros de altitude” disse Paulo Miranda, residente que viu a sua casa deitada abaixo.
Fala-se em vítimas mortais (duas crianças). Elas fugiam das aeronaves e assustadas acabaram por cair numa vala de drenagem.
No terreno o cenário é desolador, com as pessoas a não arredar pé dos escombros e do que restou dos seus haveres. Elas enfrentam o calor, os insectos e as carências, motivadas por causa da interrupção das actividades do seu quotidiano. Ou seja não há negócio e não há rendimentos para sustento á vida.
Os que aceitaram, estão a ser transportados em camiões basculantes, os mesmos que são geralmente utilizados para transporte de areia e outros inertes. O local de concentração é a Kaope-Funda, onde a vida vai ter de começar do zero. Uma área de valas e relevo irregular. Portanto sem planície, sem espaço de alojamento para milhares de pessoas que estão a ser “entulhadas”... com potencial de desastre humanitário.
Para protestar contra estas demolições (decisão ao que se soube tomada fora do conhecimento da Administração local), está convocada uma manifestação para terça-feira 5 de Fevereiro.
Naquele dia, contaram as vítimas, militares e outras forças paramilitares desembarcaram no bairro muito cedo, onde máquinas bulldozer em número não determinado, aguardavam para entrarem em acção pouco depois.
Milhares de militares e polícias estiveram no terreno, neste momento fortemente patrulhado ainda. Pelo menos 7 helicópteros foram contados, para cobertura da operação que se prolongou por dois dias. “Eles voavam há poucos metros de altitude” disse Paulo Miranda, residente que viu a sua casa deitada abaixo.
Fala-se em vítimas mortais (duas crianças). Elas fugiam das aeronaves e assustadas acabaram por cair numa vala de drenagem.
No terreno o cenário é desolador, com as pessoas a não arredar pé dos escombros e do que restou dos seus haveres. Elas enfrentam o calor, os insectos e as carências, motivadas por causa da interrupção das actividades do seu quotidiano. Ou seja não há negócio e não há rendimentos para sustento á vida.
Os que aceitaram, estão a ser transportados em camiões basculantes, os mesmos que são geralmente utilizados para transporte de areia e outros inertes. O local de concentração é a Kaope-Funda, onde a vida vai ter de começar do zero. Uma área de valas e relevo irregular. Portanto sem planície, sem espaço de alojamento para milhares de pessoas que estão a ser “entulhadas”... com potencial de desastre humanitário.
Para protestar contra estas demolições (decisão ao que se soube tomada fora do conhecimento da Administração local), está convocada uma manifestação para terça-feira 5 de Fevereiro.
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