Lisboa – As autoridades angolanas são
referenciadas, num habilitado memorando, como estando
na lista dos poucos países de África que está
desde, os últimos anos, a usar , meios
de comunicação de última geração com capacidade de cobrir a região
geográfica a que ela se encontra.
Fonte: Club-k.net
Com capacidade de alcançar países vizinhos
Os
aparelhos agora instalados num centro no Morro Bento em Luanda, tem a habilidade
de enviar para a entidade interessada (geralmente ao SINSE) a
interseção da mensagem em áudio de forma desencriptada num
avançado formato digitalizado em imprenso. São geralmente
realizadas nas acções de vigilância e controlo de indivíduos e
meios considerados “adversos” do regime.
Em meados de 2011, o general António José Maria, chefe do Serviço de Inteligência Militar (SIM) foi a principal figura impulsionadora de uma aquisição de equipamentos adquiridos a partir de Israel, numa movimentação ao qual foram preteridos fornecedores chineses, inicialmente contactados para o efeito.
O envolvimento do SIM, advêm da sua experiência, que o levaram a adquirir meios eletrônicos que serviram para intercepção, no passado, das comunicações do falecido líder da rebelião armada Jonas Savimbi, a partir de uma base que funcionava na Catumbela. A base conhecida internamente como a BATOP era um centro de comunicações militares que estava sob alçada do general José Maria. Logo após ao fim do conflito, dedicou-se especialmente a interceptar redes de comunicações de países vizinhos, com realce para RDC, seu principal alvo. O centro era dirigido localmente pelo general “Alex”, um oficial oriundo da UNITA (desertou em 1993 a partir do Negage).
Há cerca de 4/5 anos, as autoridades previam transferir integralmente a BATOP, para um centro em Luanda (Calumbo), uma iniciativa que não foi avante, aparentemente por causa de desinteligências com os chineses contratados para construir e equipar as novas instalações.
O centro no Morro Bento, funcionou da sua fase inicial como uma extensão da BATOP, passando nos dias de hoje a "efectivo". A 2 de Abril de 2011, foi interceptada uma chamada de telefone que o SG do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, recebeu de um elemento identificado por “Domingos” a solicitar apoio para compra de garrafas de Água para levar para uma manifestação que teria lugar neste mesmo dia, no largo primeiro de Maio, em Luanda. O teor da conversa foi apresentado numa reunião do MPLA, ao qual contou com a presença de Bento Kangamba, como evidencia de que os jovens contestatórios ao regime tinha contacto com pessoas da oposição.
Há quatro anos atrás, isto, precisamente a 8 Agosto de 2008, o centro de escutas, despachou para a sede do SINSE, o teor da intercepção de uma chamada telefônica ao então SG do extinto PAJOCA, David Mendes quando este saía de uma agencia bancaria a caminho do aeroporto para tomar o vôo das 14h pela transportadora aérea sul africana (SAA) rumo a Johanesburgo. A intercepção deu lugar, a uma ordem a policia fiscal do aeroporto internacional de Luanda para que o interceptassem por viajar com 85 mil dólares (a lei permite apenas valor inferiores a 15 mil dólares). A operação foi acompanhada por um alto funcionário da área técnica do SINSE, Mateus Vilembo, e destinou-se a causar desgaste a imagem de David Mendes.
As escutas telefônicas em Angola, são feitas de modo ilegal (não permitidos por lei) e cobrem também alvos sensíveis como as embaixadas e organizações internacionais. Sebastião Martins, o chefe do SINSE tenciona legalizar está pratica para facilitar na apresentação de provas criminais em tribunal, em casos de difícil apuramento de evidencias, em processos judiciais. A 11 de Outubro de 2010, remeteu ao Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa, o draft da sua proposta para habilitadas apreciações e respectivos pronunciamentos.
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