O risco de nova crise bancária é elevado, segundo
um estudo que indica ainda o receio dos banqueiros de novas falências e
nacionalizações
Dinheiro Vivo
Segundo o estudo feito pela
consultora PricewaterhouseCoopers (PwC), pelo Centre for the Study of Financial
Innovation (CSFI), no início deste ano, junto de mais de 700 banqueiros,
reguladores e observadores do setor bancário de 58 países, a ansiedade sobre o
futuro da banca está no nível mais elevado dos últimos 13 anos, altura em que a
pesquisa foi realizada pela primeira vez.
“Na opinião dos inquiridos, a grande ameaça para o setor bancário é a fragilidade da economia mundial. Se esta voltar a entrar em recessão, é muito provável que os bancos sofram severas perdas de crédito e que muitos deles vão à falência ou tenham de ser nacionalizados”, refere o estudo.
Entre os riscos apontados para o futuro do setor bancário, o que mais preocupa os inquiridos tem a ver com a evolução da situação macroeconómica, com o receio de que uma segunda recessão na economia mundial volte a colocar em causa a estabilidade das instituições financeiras.
Fatores de risco
A crise da dívida soberana na zona euro, o endividamento dos países, a baixa confiança nos bancos e a escassez de crédito são fatores que estão na origem deste risco, segundo os banqueiros, reguladores e observadores do sistema bancário.
O risco de crédito é a segunda preocupação apontada pelos inquiridos, apreensivos, sobretudo, com a dimensão das perdas que os bancos poderão sofrer com o incumprimento de empréstimos concedidos.
Os responsáveis do setor, de acordo com o documento, revelam também grandes preocupações com as dificuldades dos bancos de acesso à liquidez, apesar de esse já ser um facto para as instituições da zona euro, que sem acesso aos mercados recorrem aos bancos centrais.
Para John Hitchins, parceiro da PwC, “no curto prazo, a maior ameaça para o sistema bancário é o impacto nos mercados de financiamento por grosso caso falhe a resolução da crise da zona euro e aconteça uma bancarrota desordenada em um ou mais países”.
Para o responsável, essa situação dificultaria ainda mais o acesso ao mercado interbancário do que em 2008, quando a crise financeira minou a confiança entre as instituições.
Necessário reforço de capital
A necessidade de os bancos reforçarem capital também preocupa inquiridos, sobretudo pelo “preço” a que esse capital será conseguido.
A interferência política e a relação sobre a banca são outros dos motivos de inquietação, apesar de o objetivo destas medidas ser arranjar uma solução para o setor. A concessão de crédito à economia pode ser condicionado por estas imposições, alertam.
“O cenário apresentado é desolador. Este relatório descreve-nos um sistema bancário frágil, assolado por grandes ameaças e incertezas. Os bancos estão claramente preocupados com os perigos causados pela turbulência na zona do euro, pela ameaça de uma maior restrição ao crédito e pela incerteza criada pelas alterações regulatórias”, disse Nasser Sattar, partner da PwC, citado na nota de imprensa sobre este estudo.
Reformular negócios
O especialista considera que, perante este contexto, os bancos terão de reformular os seus negócios, com “perdas de postos de trabalho em todo o setor, com o objetivo de reduzir os custos”.
Apesar de os inquiridos das economias emergentes terem perspetivas mais positivas do que os da América do Norte e da Europa, também na China se denotam preocupações face ao setor bancário, relacionadas com a desaceleração do crescimento económico.
“Na opinião dos inquiridos, a grande ameaça para o setor bancário é a fragilidade da economia mundial. Se esta voltar a entrar em recessão, é muito provável que os bancos sofram severas perdas de crédito e que muitos deles vão à falência ou tenham de ser nacionalizados”, refere o estudo.
Entre os riscos apontados para o futuro do setor bancário, o que mais preocupa os inquiridos tem a ver com a evolução da situação macroeconómica, com o receio de que uma segunda recessão na economia mundial volte a colocar em causa a estabilidade das instituições financeiras.
Fatores de risco
A crise da dívida soberana na zona euro, o endividamento dos países, a baixa confiança nos bancos e a escassez de crédito são fatores que estão na origem deste risco, segundo os banqueiros, reguladores e observadores do sistema bancário.
O risco de crédito é a segunda preocupação apontada pelos inquiridos, apreensivos, sobretudo, com a dimensão das perdas que os bancos poderão sofrer com o incumprimento de empréstimos concedidos.
Os responsáveis do setor, de acordo com o documento, revelam também grandes preocupações com as dificuldades dos bancos de acesso à liquidez, apesar de esse já ser um facto para as instituições da zona euro, que sem acesso aos mercados recorrem aos bancos centrais.
Para John Hitchins, parceiro da PwC, “no curto prazo, a maior ameaça para o sistema bancário é o impacto nos mercados de financiamento por grosso caso falhe a resolução da crise da zona euro e aconteça uma bancarrota desordenada em um ou mais países”.
Para o responsável, essa situação dificultaria ainda mais o acesso ao mercado interbancário do que em 2008, quando a crise financeira minou a confiança entre as instituições.
Necessário reforço de capital
A necessidade de os bancos reforçarem capital também preocupa inquiridos, sobretudo pelo “preço” a que esse capital será conseguido.
A interferência política e a relação sobre a banca são outros dos motivos de inquietação, apesar de o objetivo destas medidas ser arranjar uma solução para o setor. A concessão de crédito à economia pode ser condicionado por estas imposições, alertam.
“O cenário apresentado é desolador. Este relatório descreve-nos um sistema bancário frágil, assolado por grandes ameaças e incertezas. Os bancos estão claramente preocupados com os perigos causados pela turbulência na zona do euro, pela ameaça de uma maior restrição ao crédito e pela incerteza criada pelas alterações regulatórias”, disse Nasser Sattar, partner da PwC, citado na nota de imprensa sobre este estudo.
Reformular negócios
O especialista considera que, perante este contexto, os bancos terão de reformular os seus negócios, com “perdas de postos de trabalho em todo o setor, com o objetivo de reduzir os custos”.
Apesar de os inquiridos das economias emergentes terem perspetivas mais positivas do que os da América do Norte e da Europa, também na China se denotam preocupações face ao setor bancário, relacionadas com a desaceleração do crescimento económico.
Sistema
bancário está longe de se ver livre de todas as ameaças que o estão a travar
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