O presidente
do banco do Vaticano, o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), Ettore Gotti
Tedeschi, foi destituído de seu cargo, informou nesta quinta-feira a assessoria
de imprensa da Santa Sé.
O
funcionário, consultado pela imprensa, não quis explicar as razões de sua
renúncia: "Prefiro não falar, do contrário posso dizer as palavras
erradas", comentou.
Em um
comunicado oficial o Vaticano explicou que Tedeschi foi destituído "por
não ter cumprido várias funções de importância prioritária." A decisão foi
tomada por "unanimidade" pelos diretores da instituição, indica a
nota.
Nomeado em
2009 para acertar as contas do IOR, Gotti Tedeschi, simpatizante da Opus Dei e,
durante anos, maior executivo do Banco Santander na Itália, foi acusado pela
imprensa de ter cometido irregularidades e de violar as leis italianas contra a
lavagem de dinheiro.
Depois das
denúncias, feitas em 2010, a justiça italiana abriu uma investigação judicial
contra dois diretores do banco do Vaticano por violação das leis italianas
contra a lavagem de dinheiro, colocando a instituição bancária da Santa Sé
novamente no olho do furacão depois dos escândalos que a atingiram na década de
80.
Nessa
ocasião, o Vaticano manifestou sua "máxima confiança" nos diretores
dos bancos envolvidos.
Na nota
divulgada nesta quinta-feira, o Vaticano reconhece que se trata de uma medida
necessária "para manter a vitalidade da entidade" e que a mudança de
dirigente "ajudará" o banco a "reativar relações eficazes e
amplas entre o IOR e a comunidade financeira, baseadas no respeito mútuo aos
padrões bancários internacionalmente aceitos".
Sem comentários:
Enviar um comentário