Luanda - Está instalada a polémica à volta da alteração de Lei Eleitoral
votada ontem pela Assembleia Nacional. O Jornal de Angola, órgão oficioso do
governo, destaca na sua edição de hoje como tendo sido
aprovadas as propostas de alteração do MPLA, que tinham sido
oportunamente rejeitadas pela UNITA.
Fonte: VOA
Lei eleitoral continua a gerar polémica
O
líder da UNITA, Isaías Samakuva disse ontem à Voz da América que a sua
bancada parlamentar só aprovou as emendas à Lei porque as propostas
do MPLA, tinham sido retiradas.
As sugestões do MPLA tinham a ver particularmente com o voto antecipado dos militares, polícias e trabalhadores em serviço de piquete e com a existência de urnas especiais. O chefe da bancada parlamentar, Raúl Danda, disse que a manipulação feita pelo jornal de Angola constitui uma verdadeira mentira pública.
Raul Danda manifestou-se particularmente escandalizado com a deturpação da decisão da Assembleia Nacional feita pelo matutino angolano.
Segundo disse à VOA, a única alteração aceite, e que foi operada na lei orgânica do processo eleitoral, foi a substituição semântica de uma única palavra por uma outra e esta estava relacionada com os órgãos locais que devem fazer o apuramento dos dados eleitorais.
O deputado da UNITA fez saber que já notificou a direcção do MPLA, na pessoa do seu chefe de bancada parlamentar, Virgílio de Fontes Pereira. Este, segundo disse, terá afirmado que tinha sido surpreendido com a notícia do Jornal. O porta-voz da assembleia Nacional, Samuel Daniel, terá dita também que desconhecia as pessoas que terão vazado aquela informação à imprensa governamental.
O presidente da República já promulgou as alterações da lei restando agora saber qual das versões vai prevalecer.
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