Luanda - O líder da UNITA, Isaías Samakuva disse
hoje em Luanda, que para Angola atingir a verdadeira democracia, o MPLA
terá de assumir de forma clara e definitiva o compromisso com a democracia.
*Carla Pascoal
Fonte: Unita.co Club-k.net
Segundo
o presidente do maior partido na oposição, “ou o MPLA aceita de facto a
democracia, ou Angola vence a luta contra a ditadura e tira o MPLA do poder”.
O Presidente da UNITA chamou atenção dos presentes, afirmando, que o mandato do MPLA “termina dentro de quatro meses, e é nesse período delicado que Angola precisa vencer a luta por eleições livres, justas e transparentes nos termos da lei”.
“Não me refiro a luta eleitoral. Refiro-me sim à luta pela criação de condições indispesáveis para a realização de eleições democráticas, porque não se realizam eleições democráticas em ambientes de ditadura”.
Para o político, a regulamentação da lei de imprensa é fundamental para a liberalizar e democratizar o acesso à informação, e o seu não cumprimento, condiciona o próprio processo democrático.
“Não se pode convocar eleições democráticas num ambiente em que o partido político estabelece limites árbitrários ao exercício da actividade de radiofusão e controla a imprensa pública, porque, nas democracias, os partidos não se confundem com o Estado”.
Relativamente a saída da advogada Suzana Inglês do cargo de presidente da CNE, Isaías samakuva afirmou que a mesma aconteceu tardiamente, pois não anula só a sua nomeação para o cadeirão máximo da CNE, como também anula os actos administrativos tomados por ela, e que vão atrasar o processo eleitoral.
Balanço das manifestações
Samakuva
que chamou hoje à imprensa para fazer o balanço das manifestações convocada
pela UNITA, e que se realizaram um pouco por todo lado, inclusive na diáspora,
tendo aproveitado a ocasião para felicitar todos os cidadãos que se fizeram
presentes, em particular, os jovens.
“Em nome da UNITA e em meu nome pessoal, eu quero agradecer a todos estes cidadãos pela coragem que tiveram em afirmar publicamente a cidadania angolana e enviar aos detentores do poder a mensagem inequívoca de que os angolanos querem mudança”.
Samakuva aproveitou, igualmente a presença da imprensa para divulgar a presença massiva de um milhão e quinhentas mil pessoas nas manifestações a nível nacional e no exterior.
“Saúdo particularmente os jovens que se manifestaram alto e bom som contra as promessas não realizadas e exprimiram a sua indignação contra o destino que a ditadura lhes quer dar”, disse o líder dos maninhos.
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