sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Brutalidade da FIR aterroriza Chimoio


Os homens da Força de Intervenção Rápida (FIR), que estão em Chimoio a promover a violência gratuita, são os que foram destacados de diversas parte do País, incluindo Maputo, para controlar Afonso Dhlakama aquando da sua visita a esta cidade, onde vinha organizar as propaladas manifestações. Não houve manifestações e tudo indica que agora a FIR é que está a manifestar-se. Espanca e humilha cidadãos na cidade de Chimoio. As pessoas espancadas são de tal maneira agredidas por circularem fora de horas que até chegam a perder os sentidos. A Polícia impôs um autêntico recolher obrigatório selvagem na capital da província de Manica.

O Comandante provincial da PRM em Manica, Francisco de Almeida, diz que a acção da FIR é para combater o crime e que a presença daquela força na província de Manica já estava em Planos do Governo e coincidiu com a visita do líder da Renamo.

Chimoio (Canalmoz) – A Força de Intervenção Rápida (FIR) da Polícia da República de Moçambique está a semear terror na capital da província de Manica, Chimoio. Longe de combater o crime e assegurar a ordem e a tranquilidade pública, estas forças especiais estão a agir com brutalidade e extrema violência contra cidadãos, chegando mesmo a espancá-los até perderem os sentidos, apenas por falta de Bilhete de Identidade que entretanto é um documento que o próprio governo não consegue assegurar aos cidadãos. Há já pessoas que ficaram surdas e outras contraíram ferimentos graves por espancamento pela FIR.
O Canalmoz falou com o comandante provincial da PRM em Manica, Francisco de Almeida, para ouvir a versão da Polícia. Ele não condena a acção da FIR. Longe disso, apoia e diz que a actuação da FIR em Manica tem em vista responder aos níveis de criminalidade.
O comandante provincial da PRM alega que as patrulhas nocturnas, pelos bairros, “têm mais fôlego agora com a entrada no terreno”, mas conclui que “o envolvimento da FIR está a trazer resultados”.
A FIR decretou, por vontade própria, “recolher obrigatório” logo que escurecer. Quem estiver fora e for encontrado, recebe chambocadas, coronhadas e humilhação à mistura. O comandante diz que não ordenou a recolha obrigatória nem qualquer limite à circulação de pessoas. “É uma norma criada pelos próprios agentes”, conclui admitindo dessa forma a anarquia que se instalou que está a por a população com raiva ao governo.
Sobre as acusações de comportamento selvagem por parte da FIR, o comandante diz que se trata de “uma campanha para denegrir a imagem da Polícia”.
Campanha ou não, a verdade é que a população está a ser torturada em Chimoio e a raiva ao governo está a crescer.
São dezenas as vítimas da brutalidade da FIR.
Cidadãos residentes nos bairros da cidade do Chimoio, nomeadamente 7 de Abril, 3 de Fevereiro, Josina Machel, Mudzingaze, 16 de Junho, são as principais vítimas.
Recentemente, um agente da FIR foi acusado pela população. A este agente foi aberto um processo por agredir fisicamente um cidadão sem justa causa.
Entretanto, o comandante da PRM confirma a ocorrência e avança que o agente agiu sem justa causa contra o cidadão, e já foi aberto um processo disciplinar contra o mesmo e acusado criminalmente em processo de que poderá responder em juízo em Chimoio. (José Jeco)
Imagem: Maputo, 08 abr (Lusa) -- Agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR), ...
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