quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Graves confrontos entre militantes da UNITA e do MPLA no Huambo


Huambo - Quatro residências queimadas e dois feridos, um deles com gravidade, é o resultado dos mais recentes confrontos entre militantes do MPLA e da UNITA na província angolana do Huambo. Enquanto isso, os dirigentes das duas forças politicas atacam-se verbalmente.

*António Capalandanda
Fonte: VOA Club-k.net
O incidente ocorreu recentemente no município da Caala, comuna Catata, quando apoiantes do maior partido na oposição içaram a bandeira da UNITA, na aldeia Jimbo.

Os militantes partido no poder não aceitaram a bandeira da oposição, e daí resultou pancadaria, tendo ficado feridos dois membros do MPLA.

Em declarações à Voz da América, o secretário municipal da UNITA na Caala, Filipe Muenho, disse que, em retaliação as autoridades tradicionais mandaram queimar quatro residências na calada da noite, sendo uma na aldeia do Jimbo e as restantes na sede da comuna da Catata.

Já na comuna do Kuima, revelou a fonte, uma casa de um dos seus membros foi saqueada em pleno dia por activistas do MPLA.

O político acusou os dirigentes do partido no poder de instrumentalizarem as autoridades tradicionais para se oporem à implantação da oposição nas suas comunidades.

“Independentemente da queimadura das casas, há intimidações constantes contra os nossos militantes nessa fase de paz e reconciliação nacional” disse o Muelio acrescentado que “ estamos em fase dos preparativos das eleições e quero realçar que a paz e a democracia são dois valores políticos que se exige mutuamente”

Miguel Somaquessenge, primeiro secretário do MPLA na Caala, confirmou apenas a queima de três residências e negou as acusações.

À VOA, disse que a rejeição da fixação de bandeiras resulta dos ressentimentos do passado por parte da população pelas atrocidades cometidas pelo maior partido na oposição durante o conflito armado.

“Querem estender as suas bandeiras à força quando estamos em democracia. Devemos ter em conta o querer da comunidade e não devemos obrigar que as pessoas aceitem a nossa bandeira.”

A organização de defesa dos direitos humanos Human Rigths Watch acusara os lideres do MPLA de nalguns casos usarem tais ressentimentos para impedir inserção da UNITA em comunidades rurais.

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