Conforme os noticiários que escutei na LAC – Luanda Antena Comercial e na Rádio Ecclesia, a falta de água em Luanda reforçou o nosso já repressivo campo de concentração. São milhares de pessoas que se deslocam, umas a pé, a maioria, claro, e outras com transporte na direcção do Rio Bengo. E lá chegadas lutam para conseguirem água não tratada, imprópria para consumo, a da cólera. Os relatos escutados são de puro horror, como se os nazis aqui estivessem e enviassem as populações para a morte.
Do Governo não há nada que proclamar, nem ao menos a alternativa destes casos que passa pelo apoio dos camiões-cisternas para abastecimento gratuito às populações. Mas parece que apoiam as negociatas de mais esta corrupção, consubstanciada no extermínio das populações.
Entretanto a RNA – Rádio Nacional de Angola, no seu noticiário central das treze horas, no resumo dos seus títulos, e depois no início do desenvolvimento das noticias, nem uma palavra sobre o holocausto da água. Apenas… que hoje é dia de carnaval nacional.
Impor-nos a Coreia do Norte é o absurdo mais vil que se pode imaginar. Ou aguardam que toda a população de Luanda, muito pouco falta, se amotine e de uma vez por todas ponha fim à contenda dos mentores do nosso holocausto da água?
Então, dos trinta e dois biliões de dólares não sobrou nada? É assim? Nem a uma côdea de pão temos direito? Acham que esta situação se pode manter por muito mais tempo? Claro que não.
Estão a brincar com o fogo, a queimar-nos lentamente.
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