quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

MPLA nervoso com profissionalismo de jornalistas da imprensa Estatal


Pretória (Canalmoz) – Em Angola, o partido no poder, MPLA convocou, a 17 de Fevereiro de 2012, os presidentes dos Conselhos de Administração (PCA’s) dos órgãos de comunicação social do Estado (Jornal de Angola, Televisão Pública de Angola-TPA, Rádio Nacional de Angola-RNA e a Agência de Noticias de Angola-Angop) para uma reunião que teve lugar na sua sede em Luanda – o “Kremlin”, como é conhecida em alusão à sede do ex-regime comunista soviético.
Segundo apurou o “Maka Angola”, de que extraímos esta notícia do dia 19 do corrente, assinada por Carlos Duarte, que publicamos com a devida vénia, sem saber ao que iam, durante a reunião, os responsáveis dos órgãos de informação públicos receberam orientações expressas de como devem abordar matérias relacionadas com as realizações do Governo e com as eleições do presente ano.
O MPLA anda preocupado com o profissionalismo dos jornalistas angolanos da comunicação social pública e quer forçá-los a abandonarem os seus critérios para enveredarem pela propaganda ao partido no Poder e servilismo ao regime.
O vice-ministro da comunicação social, Manuel Miguel de Carvalho “Wadijimbi”, a quem são imputadas responsabilidades pela falta de maior ânimo propagandístico entre os jornalistas estatais, também esteve no encontro. O director nacional da Comunicação Social, do ministério de tutela, José Luís de Matos foi outro dos participantes.
Para o regime, os órgãos de informação do Estado não devem manifestar quaisquer receios em adoptar um modelo de cobertura surreal, semelhante apenas ao da imprensa norte-coreana, no que toca ao culto de personalidade do Presidente.
A reunião surge na sequência de uma abordagem dos mais directos colaboradores do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e do discurso deste na abertura da IV sessão ordinária do Comité Central do MPLA, realizada a 10 de Fevereiro.
Segundo um dos participantes, os instrutores do MPLA determinaram que a mídia pública deve reforçar a cobertura de actos de entretenimento, para a diversão das massas, assim como de actividades desportivas e culturais. O espaço político deve ser reservado apenas para mostrar as obras do governo, bem como para ofuscar e manipular as iniciativas da oposição. (Redacção / Carlos Duarte, 19 de Fevereiro de 2012, com a devida vénia do Canalmoz)

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