Luanda –
O líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral
(CASA-CE), Abel Chivukuvuku, atravessou, na terça-feira última, vários
musseques de Luanda a pé para mostrar que os políticos são como os outros,
acusando os membros do Governo de não saberem o que é a pobreza. "Os
governantes nunca passaram aqui para ver a pobreza e só pode resolver o
problema quem conhece o problema. Quem nunca foi ao Cazenga, ao Sambizanga, ao
Cacuaco, ao Rangel e Viana não sabe o que as pessoas sofrem", afirmou.
Fonte: Lusa Club-k.net
Fonte: Lusa Club-k.net
"Há três meses que estamos
na rua, em todas as províncias, todos os dias, portanto isto que fizemos hoje
não é nada", disse Abel Chivukuvuku, acrescentando que "já fazemos
face a partidos que têm 50 anos. Como não temos acesso aos órgãos de
comunicação, vamos ao encontro dos cidadãos."
No Gamek, Chivukuvuku liderou uma corrida de vários quilómetros, ao longo das artérias sujas do musseque, distribuindo enérgicos beijos, saudações e abraços, à frente de uma banda de trompetes e tambores, que acompanhava um cortejo dançante de dezenas de apoiantes e os gritos "Zédu fora". No final, o candidato, encharcado em suor, explicou que quer sentir a expectativa e calor de cidadãos que nunca viram um político passar nas suas ruas. "Muito menos o Presidente da República, esse é um deus, está lá no céu."
"Um governante deve ser um cidadão igual aos outros, apenas com responsabilidades governativas temporárias e gerir os recursos para benefício de todos e não dele", completou o líder partidário, que disse ter convidado o Presidente e líder do partido no poder, José Eduardo dos Santos, a fazer parte da sua campanha eleitoral por terra.
"Eu andei todo o país por terra bwala (aldeia) a bwala, comuna a comuna, município a município e é horrível o que as pessoas vivem", descreveu. "Ele [Eduardo dos Santos] pega no avião, vai ao Huambo, chega no aeroporto, fala ali, pega no avião e regressa. Não consegue sequer dormir no Huambo. É o desprezo que o candidato tem pelo povo."
Abel Chivukuvuku disse que a pobreza será a mola para os eleitores rejeitarem a ideia da mudança associada à instabilidade e acusou o MPLA de fazer "encenações" nos seus comícios para dezenas de milhares de pessoas. "Quando [o Presidente] vai ao Lobito, pega em comboios, transporta pessoas desde o Bié ao longo da via toda, não vai gente do Lobito. No Huambo, a mesma coisa, aquela gente não era de lá. É uma máquina que está a tentar criar percepções para permitir que o exercício da fraude seja corroborado por elas", afirmou.
Para Chivukuvuku, se houver eleições livres, "o MPLA não passa" e a CASA-CE ganha. O líder da CASA-CE não secundou a UNITA na denúncia de fraudes eleitorais em curso, mas condiciona a transparência das eleições gerais de sexta-feira à existência de cadernos e fiscais dos partidos nas mesas de voto e disponibilização de actas síntese para todos no fim da votação. "Isso é que vai determinar se podemos credibilizar ou não" estas eleições, afirmou.
"Se o MPLA pensa que é assim tão popular porque tem tanto medo do voto do povo?", questionou. "Eles sabem que não são o que eram no passado, sabem que a imagem do Presidente da República está de rastos e que o surgimento da CASA trouxe um factor novo para a equação política nacional. Angola nunca mais será igual", garantiu, antes de voltar ao passo de corrida no labirinto do Gamek.
No Gamek, Chivukuvuku liderou uma corrida de vários quilómetros, ao longo das artérias sujas do musseque, distribuindo enérgicos beijos, saudações e abraços, à frente de uma banda de trompetes e tambores, que acompanhava um cortejo dançante de dezenas de apoiantes e os gritos "Zédu fora". No final, o candidato, encharcado em suor, explicou que quer sentir a expectativa e calor de cidadãos que nunca viram um político passar nas suas ruas. "Muito menos o Presidente da República, esse é um deus, está lá no céu."
"Um governante deve ser um cidadão igual aos outros, apenas com responsabilidades governativas temporárias e gerir os recursos para benefício de todos e não dele", completou o líder partidário, que disse ter convidado o Presidente e líder do partido no poder, José Eduardo dos Santos, a fazer parte da sua campanha eleitoral por terra.
"Eu andei todo o país por terra bwala (aldeia) a bwala, comuna a comuna, município a município e é horrível o que as pessoas vivem", descreveu. "Ele [Eduardo dos Santos] pega no avião, vai ao Huambo, chega no aeroporto, fala ali, pega no avião e regressa. Não consegue sequer dormir no Huambo. É o desprezo que o candidato tem pelo povo."
Abel Chivukuvuku disse que a pobreza será a mola para os eleitores rejeitarem a ideia da mudança associada à instabilidade e acusou o MPLA de fazer "encenações" nos seus comícios para dezenas de milhares de pessoas. "Quando [o Presidente] vai ao Lobito, pega em comboios, transporta pessoas desde o Bié ao longo da via toda, não vai gente do Lobito. No Huambo, a mesma coisa, aquela gente não era de lá. É uma máquina que está a tentar criar percepções para permitir que o exercício da fraude seja corroborado por elas", afirmou.
Para Chivukuvuku, se houver eleições livres, "o MPLA não passa" e a CASA-CE ganha. O líder da CASA-CE não secundou a UNITA na denúncia de fraudes eleitorais em curso, mas condiciona a transparência das eleições gerais de sexta-feira à existência de cadernos e fiscais dos partidos nas mesas de voto e disponibilização de actas síntese para todos no fim da votação. "Isso é que vai determinar se podemos credibilizar ou não" estas eleições, afirmou.
"Se o MPLA pensa que é assim tão popular porque tem tanto medo do voto do povo?", questionou. "Eles sabem que não são o que eram no passado, sabem que a imagem do Presidente da República está de rastos e que o surgimento da CASA trouxe um factor novo para a equação política nacional. Angola nunca mais será igual", garantiu, antes de voltar ao passo de corrida no labirinto do Gamek.
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