quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Líder do BD pede "serenidade" às autoridades em dias de manifestações de ex-militares




As manifestações foram marcadas para os dias 25, 28 e 31 de Agosto. Esta última data coincide com as eleições.
VOA
As manifestações convocadas pelos militares desmobilizados para esta semana e para o dia das eleições não são ilegais e exigem serenidade às autoridades angolanas, defende o analista político Justino Pinto de Andrade.
As manifestações foram marcadas para os dias 25, 28 e 31 de Agosto. Esta última data coincide com as eleições e para o dia 15 já estão anunciadas uma manifestação da UNITA e uma contra- manifestação do MPLA.

Para além das datas, é delicado o facto de a última manifestação de militares ter culminado em violência. E agora o general Silva Mateus, líder dos desmobilizados, diz que, se forem agredidos, os militares respondem. “Se o regime persistir em não resolver os nossos problemas dos ex-militares, se o regime pensar que pode vir na rua para calar ou matar, vai começar o descalabro de Angola, porque nós estamos dispostos a morrer por essa Angola. Se estes mesmos elementos vieram para nos violentarem, se vieram para nos dar chapadas ou mangueiras o que é que  a gente faz?  Vamos devolver chapada por chapada, soco por soco, e tiros por tiros porque ex-militares e militares só há uma diferença: um está fardado e outro está à civil. A tecnologia é igual”, disse.

O docente universitário e presidente do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade, acredita que se as forças da ordem não agirem em conformidade com a lei pode haver problemas na realização do processo eleitoral. “Deve haver das autoridades serenidade suficiente. Não deve hostilizar porque os manifestantes não estão a violar a lei, porque não há nada que diga que nesta altura não se podem realizar manifestações. Por isso mesmo é que só vai haver confusão se houver, antes, provocadores ou caso os agentes das autoridades não cumpram a lei”, frisou.

Pinto de Andrade entende ainda que esta é a altura certa para se exigir responsabilidades a quem governa. “Penso que a altura é altura adequada. Porquê? Porque é essa altura que se pode exigir para chamarem à razão sobre direitos que estão a ser violados”.

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