quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Samakuva pede reunião urgente com José Eduardo dos Santos


 “Se não andar bem, esta noite (quarta-feira) ou amanhã eu vou dizer aos militantes da UNITA e ao povo angolano aquilo que vamos fazer" - Isaías Samakuva
António Capalandanda VOA
O presidente da UNITA, Isaías Samkuva, pretende reunir-se, com carácter urgente, como presidente José Eduardo dos Santos.
Ao chegar a Luanda, regressado de uma digressão de campanha pelas províncias, o líder da UNITA disse que o pedido, relacionado com o desempenho da CNE na preparação das eleições, será formalizado o mais rapidamente possível.
Antes, na cidade do Huambo que, dissera que se até quarta-feira à noite a CNE não divulgasse os cadernos eleitorais "não haverá eleições" a 31 de Agosto.
O político, que falava durante um comício eleitoral que marcou o encerramento da  campanha da UNITA, disse que o prazo para a divulgação terminou e grande maioria dos eleitores não sabe ao certo se o seu nome consta mesmo do caderno eleitoral da mesa onde supostamente deverá votar.
“Estamos aqui com um problema. Se esses cadernos não aparecem não pode haver eleições. A lei é que diz isso,” sublinhou Samakuva.
O líder do maior partido na oposição não avançou a medida que seu partido irá tomar, caso a CNE não aceite as suas exigências, mas não descarta a hipótese de vir a impugnar as eleições.
“Se não andar bem, esta noite (quarta-feira) ou amanhã eu vou dizer aos membros da UNITA, aos militantes da UNITA e ao povo angolano aquilo que vamos fazer,” advertiu Isaías Samakuva, acrescentando que “a nossa exigência é o cumprimento da lei.”
Refira-se que prazo para a divulgação dos cadernos eleitorais, terminou em 31 de Julho. A CNE diz ter os cadernos eleitorais, mas não os divulga, contrariando o disposto no número 5 do artigo 86º da Lei Orgânica Sobre as Eleições Gerais.
Samakuva acusa ainda CNE de impedir que o seu partido que faça uma fiscalização célere da integridade das eleições.
“A lei diz que os delegados de listas devem ser credenciados 10 dias antes das eleições. Mas os delegados não foram credenciados e muitos estão a ser informados que os seus nomes não constam nos cadernos eleitorais e não podem ser delegados de listas.”

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