quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Selecção Nacional de Futebol Sub-17. Mais da metade dos jogadores não vão viajar hoje porque não têm passaportes


Maputo (Canalmoz) – Só mesmo com gente desorganizada como a que gere o nosso futebol é que isto acontece. A selecção nacional de futebol sub-17, que deixa hoje o país com destino ao Botswana, onde vai participar no torneio internacional de categoria, não vai poder contar com mais de 70 porcento do seu efectivo. Motivo: todos estes jogadores não têm passaportes.
De acordo com o treinador dos “Mambinhas”, João Chissano, dos cerca de 23 seleccionados para seguirem viagem ao Botswana, apenas sete (07) é que têm passaporte. Isso mesmo, sete. Os restantes não têm o documento que lhes permite transpor fronteiras.
Esta situação está a embaraçar a equipa técnica nacional, uma vez que vai comprometer o seu trabalho feito durante a preparação. Mas o que não se percebe no meio deste festival que só especialistas em desorganização organizada podem explicar, é que como é que só faltando dois dias para os miúdos partirem é que se descobriu que afinal o grosso não tinha passaportes.
“Esta é uma situação que nos preocupa bastante, uma vez que somos obrigados a deixar jogadores seleccionados porque não têm passaportes e levarmos jogadores sem qualidades para estarem na selecção só porque têm documentação completa para viajar para exterior”, desabafou o técnico.
Chissano acrescentaria depois que “isto é embaraçoso porque durante a preparação trabalhamos com um certo grupo e na hora de competir seremos obrigados a utilizar outro grupo por causa de um problema que na minha opinião é de fácil resolução se houvesse uma intervenção de quem de direito, neste caso concreto o Ministério da Juventude e Desporto”.
Em verdadeira corrida contra o tempo a equipa técnica dos sub-17 recorreu aos jogadores da Academia Mário Esteves Coluna, em Namaacha, para suprir o défice de 15 jogadores. Para além do torneio do Botswana, o combinado nacional participará a partir do dia 30 do mês em curso a 08 de Setembro no torneio da Coca-Cola na capital económica da África do Sul, Pretória. (Raimundo Moiane)
Imagem: jornaldocampus.usp.br

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