Lisboa – O Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos,
decidiu retirar a província do Huambo do seu programa de deslocações ao
interior do país. Previa inicialmente ir aquela localidade no dia 10 de
Agosto mas em última da hora refez a sua agenda remarcando a
viagem para dia 22 que acaba de cancelar.
Fonte: Club-k.net
Regime admite ter perdido Huambo para oposição
A decisão da
retirada do Huambo do seu roteiro de campanha é atribuída a
previsibilidades que não terão ido ao encontro das suas exigências respeitantes
a obras que previa inaugurar e a situação da província descrita
como “situação complicada”, em termos de mobilização.
Um relatório de
situação aponta que para além de obras inacabadas, há igualmente indícios de as
mesmas apresentarem pouca qualidade, o que levou com que, o grupo que preparava
a deslocação do PR, recuasse quanto a sua inauguração por parte de
JES.
Obras não concluídas ou de má qualidade:
- O centro
cultural, localizado no centro da cidade do Huambo que deveria ser inaugurado
ainda não esta pintado.
- O
centro cultural "Mbalundu", no Bailundo que até semana passada
não estava rebocado foi considerado pelo grupo de avanço como “uma obra
sem significado” para população.
- As obras
Barragem do Gove, no município da Caála estão concluída,
porém , registra-se insuficiência no fornecimento de energia. A Cidade do
Huambo têm registrado nas últimas semanas constantes cortes
de energia, o que compromete a inauguração por parte do PR
Fraco
nível de mobilização:
A província do
Huambo, é descrita em pelo grupo que acompanha como “um sector
perdido”. Os dirigentes do MPLA, naquela localidade reconhecem, em
privado que perderam a província ou que pelo menos tendem a eleger “pelo menos”
um ou dois deputados nas próximas eleições de 31 de Agosto.
No seguimento do
anuncio da viagem de JES, as estruturas do partido falharam na mobilização em
dois comícios/ actividades de massas que tiveram lugar no dia 13 e dia 18
que visou testar a popularidade do partido no poder. Na primeira actividade
, o MPLA reuniu um numero de adeptos inferior a 3 mil pessoas e na
segunda fizeram uma passeata que terminou no largo Saidy Mingas onde
terão reunido perto de 5 mil militantes e amigos.
Da referida
actividade, as estruturas locais distribuíram combustível grátis para os
motoqueiros, isso é, foram indicados para se dirigirem a uma bomba de
combustível para que cada pudesse abastecer de 2 a 5 litros de combustível, mas
terão notado que os motoristas, terão burlado acabando e não compareceram na passeata.
A razão que os
seus dirigentes admitem que terão perdido a província é interligada a crescente
aceitação da UNITA com realce a um comício realizado no passado dia
11 de Agosto que terá reunido perto de 200 mil pessoas e que teve como animador
, o general Abílio Kamalata Numa.
Faustino Muteka, o
governador provincial e primeiro secretario do MPLA, é identificado como o
“culpado” da impopularidade que o partido no poder esta a observar na Província
do Huambo. Há indicadores que terá afastado quadros intermédios responsáveis
pela mobilização no interior da província e outros altos funcionários com
aceitação interna. Os casos mais notáveis foram dos ex-
vice-governadores, Elindo Barbosa e Loty Nolica que apos terem sido
afastados o governador retirou-lhes a viatura.
Afastou o
grupo que constituía a correia de mobilização do partido ao qual constavam
quadros como Paulo Jimy, Armando Kapunda e Bernardo José Sapalo,
descrito como “grande mobilizador”, pela ala juvenil do partido. Outro
mobilizador é Bernardo Suka, a quem o governador mandou para cadeia.
De acordo com um
levantamento, o governador Faustino Muteka terá afastado desde o seu mandato
naquela província perto de 300 activistas das bases do MPLA que ocupavam
posições nas estruturas do Estado. Os mesmos não voltaram ser
nomeados para nenhum cargo e esta desolação é apontada como estando
a afectar a relação política do partido liderado por Eduardo dos Santos.
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