Luanda - Discurso pronunciado por sua Excelência
José Eduardo dos Santos, Presidente do MPLA, num comício, na cidade do Huambo,
no âmbito da campanha do seu partido, para as Eleições Gerais de 2012.
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CAROS AMIGOS,
ESTIMADOS COMPATRIOTAS,
Muito obrigado pela vossa presença e pelas vossas
manifestações de apoio, solidariedade e amizade.
Como sabem, reabilitar as nossas vias de
comunicação foi, desde sempre, um ponto de honra para o nosso Governo. Isto
porque um país só se pode desenvolver quando garante a ampla circulação de
pessoas e bens por todo o seu território.
Já vencemos grande parte deste desafio e agora
podemos dar um novo impulso ao desenvolvimento económico e social de todas as
nossas dezoito províncias. E é exactamente o que nos propomos fazer para Angola
"crescer mais e distribuir melhor". O povo angolano está a trabalhar
e o país está a avançar.
Quando dizemos isso, queremos assinalar momentos
como estes que estamos a viver no Huambo.
Reconstruímos e inauguramos hoje com muito orgulho
e satisfação a Barragem Hidroeléctrica do Gove. Isto é uma grande vitória para
os angolanos.
Além dos benefícios para o nosso desenvolvimento
industrial e para a geração de empregos, vamos ter mais energia para todos. A
maior oferta de energia eléctrica é um factor de justiça social que considero
da maior importância, porque hoje é a população mais carente, que não tem
recursos para comprar um gerador, a mais prejudicada pela falta dessa energia.
O compromisso que assumo perante toda a Nação
angolana, em nome do MPLA, é o de implementar o Programa de Investimentos
Públicos para aumentar a quantidade de energia eléctrica e a distribuir melhor.
Já concluímos a reconstrução da Barragem do Lomaúm,
em Benguela. Temos neste momento capacidade para gerar mil e duzentos
‘megawats’. Queremos aumentar essa capacidade para dois mil trezentos e
cinquenta ‘megawats’ em 2014 e para cinco mil ‘megawats’ em 2016.
Vamos interligar os sistemas Norte, Sul e Leste
para garantir uma melhor distribuição da energia produzida e satisfazer as
necessidades do desenvolvimento industrial e do consumo doméstico.
Precisamos de mais de 17 mil milhões de dólares
para esse plano e esse dinheiro sairá do Orçamento Geral do Estado e de
empréstimos que o Estado vai contrair. Eu não tenho receio de assumir esse
compromisso, porque estou rodeado de quadros capazes de garantir o cumprimento
desse plano.
Nas minhas intervenções públicas e na Assembleia
Nacional eu digo onde aplicamos o dinheiro do Estado, que é dinheiro do povo!
Aliás, todas as receitas do Estado e doações estão no OGE, assim como as
despesas que realizamos. Os balanços e as contas são aprovados pelos deputados.
Mas há um conjunto de senhores de uma
auto-denominada "oposição radical" que não percebe o que lê ou então
apenas finge que lê esses documentos, que são públicos. O Fundo Monetário
Internacional, que tem renomados especialistas em finanças e contabilidade, vem
a Angola todos os anos, verifica as nossas contas e atesta que estão certas,
mas esses senhores trocam os números, porque são troca-tintas, distorcem os
factos e levantam calúnias.
Comportam-se como se fossem defensores de
interesses estrangeiros, que gostariam de subjugar o povo angolano. Será que
esses senhores podem governar Angola? Acho que não!
Viva o MPLA!
Viva o MPLA!
Viva o MPLA!
A Luta Continua e a Vitória é Certa!
O país cresceu e a nossa economia vai crescer cada
vez mais com a participação cada vez mais activa do sector privado. O Estado
vai continuar a retirar-se da produção de bens e serviços para que esta tarefa
seja levada a cabo pelas pequenas, médias e grandes empresas privadas.
Eu assumo, em nome do MPLA, o compromisso de
reforçar o apoio de todo o tipo aos empresários angolanos, para que eles tenham
empresas fortes que ocupem um grande espaço no nosso mercado. Não são só as
grandes empresas estrangeiras, como a Teixeira Duarte, a Odebrecht, a
Total-Elf, a Chevron, etc., que devem prosperar e levar grande parte do
dinheiro que ganham para os seus países.
Devemos criar as condições para que as empresas
privadas angolanas mais capazes cresçam e prosperem também. O dinheiro que elas
ganham fica no nosso mercado e, além disso, devemos incentivá-las a fazer mais
investimentos, a criar mais empregos e a pagar bem aos seus trabalhadores.
Além disso, devemos também encorajar todos os
angolanos que têm poupanças no estrangeiro a depositar o seu dinheiro nos
nossos bancos e a realizar aqui os seus investimentos. Nós não fazemos uma
política contra os angolanos ricos. Pelo contrário. Queremos que eles
contribuam para o desenvolvimento nacional.
Nós levamos a cabo uma política firme de luta
contra a fome e a pobreza, que vai ser intensificada no próximo mandato, porque
a nossa meta é a construção de uma sociedade de bem-estar social, sem pobreza!
É um grande desafio, mas podemos vencê-lo trabalhando todos juntos.
CAROS COMPATRIOTAS
No seu próximo mandato, o MPLA tem a intenção de
aplicar um programa administrativo, económico e social de intervenção no Reino
do Bailundo. Essa será a primeira experiência governamental de reconhecimento
do papel dos costumes, instituições, usos e tradições das comunidades
tradicionais como fundamentais na construção da Nação, na coesão social e na
afirmação da cidadania angolana.
Essa será uma forma de dignificar essas comunidades
e as autoridades tradicionais, como parte da memória colectiva, da história
comum, das raízes seculares e das culturas que enriquecem a unidade que a Constituição
traduz. O Reino do Bailundo servirá, pois, como experiência piloto, a ser
estendida posteriormente a outros reinos do Norte, Leste, Sul, Sudeste e Centro
Norte do país.
É, pois, com a confirmação no próximo dia 31 de
Agosto do voto de confiança no MPLA que este vai poder continuar a materializar
o seu projecto de governação, que interpreta fielmente os mais firmes e
profundos anseios do povo angolano.
Uma vez mais a população do Huambo estará na
primeira linha da nossa vitória!
VIVA O MPLA!
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