sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Comunicado: Club-k clarifica acusações feitas pela PGR




Luanda - A presente NOTA INFORMATIVA tem como finalidade esclarecer, em particular, as acusações, virtualmente, feitas pelo Procurador-Geral da República (José Maria de Sousa) e pelo seu advogado, Paulo Amaral Blanco.
Fonte: Club-k.net
Em primeiro lugar aproveitamos retomar algumas passagens, inseridas no “comunicado de imprensa” distribuído somente aos órgãos de comunicação estatal angolano pelo PGR, João Maria de Sousa, sem no entanto, enviar ao portal informativo “Club K” que denunciou, em primeira mão, o facto:
"Os cobardes que se escondem na virtualidade e na falta de rosto e identidade de quem tutela o Club-K, de que irá participar criminalmente contra desconhecidos, enquanto não se conhece o autor ou autores da pseudo-notícia eivada de má-fé (…)
(...) a coberto do segredo de justiça, prossegue os respectivos termos tanto em Angola como em Portugal, sendo falso que tenham sido depositadas quantias em quaisquer contas pessoais”
, lê-se no referido comunicado(Carrega o Comunicado integral)
Já o "direito de resposta" assinado pelo advogado da PGR, Paulo Amaral Blanco diz:
"O Club-K em consequência do desrespeito das regras jornalísticas foi, uma vez mais, instrumentalizado; (...) essa prática, não é jornalismo, é verdadeiro terrorismo.
(…) O jornalista deve combater o sensacionalismo e considerar as acusações sem provas e sem prévia audiência dos visados como grave falta profissional”
, lê-se na carta de repudia. (Carrega a carta de Direito de Resposta integral)
Quanto aos pontos acima transcritos “comunicado de imprensa” do PGR e do advogado portguês Paulo Amaral, a equipa de Redacção do Club K faz saber o seguinte:
a) O portal informativo “Club-K” é, verdadeiramente, o único elo de ligação com aqueles angolanos, e não só, que não têm voz – e muito menos o espaço nos órgãos estatal financiados com erários de todos nós – e munidos com as ferramentas informativas modernas, usam as redes sociais conhecidas, que também é apreciadas até pelos membros do executivo angolano, para informar os seus leitores.
b) O Club-K informa sem deturpar os factos desde a sua existência, e os seus membros nunca viveram “na camuflagem virtual”. Para vossa informação, a maioria dos textos publicados neste portal são de género opinativo e assinados pelos seus apreciados autores.
c) O Club K reconhece a existência de “assuntos confidenciais e restritos perante a lei”, e, principalmente, em certos processos judiciais em curso. Curiosamente, o actual governo refuta, e ignora, regularmente se pronunciar sobre vários assuntos de interesse geral, com o mero pretexto de “segredos” do estado.
Importa salientar que os Governos modernos têm a obrigação, e dever, de serem mais transparentes, disponibilizando assim todas as informações necessárias a qualquer cidadão, ou mesmo, instituições credíveis (como o Club K) a fim de fiscalizar as acções executadas por este.
Portanto, a noção de “segredo do Estado” não pode ser aplicável em todos os assuntos, como é o caso de um processo que se alarga acima de três anos, sem que o PGR se pronuncie como se tratasse de um pequeno desfalque.
Prezado general José Maria de Sousa, estamos a falar de 160 milhões de dólares. Valores que até poderia ajudar o executivo aplica-la nos programas de “Combate à Pobreza”, “Água para todos”, saneamento básico, reparação das vias secundárias e terciárias, entre outros.
d) Em síntese consideramos a intervenção do advogado português (Paulo Amaral Blanco) fora do contexto no seu sentido lato. Partindo do princípio que o mesmo desconhece, seriamente, a realidade angolana (e vive da virtualidade).
Por isso, o Club K não violou regras jornalísticas nenhuma, e muito menos é instrumentalizado politicamente, como certos órgãos de comunicação social portuguesa que opera em Angola e em Portugal.

CONCLUSÃO EVIDÊNCIAS VIVAS:

Nos últimos meses vários COMUNICADOS – tais como de entidades angolanas e privadas, associados ao governo angolano – foram publicados na imprensa estatal, com maior ênfase na agência Angola Press e posteriormente retomados na TPA, RNA e Jornal de Angola.
A este respeito, e com rigor ético, afirmamos categoricamente que a equipa de redacção do Club K, sempre que recebe denúncias contra instituições governamentais ou personalidades mencionados na peça investigativa, têm procurado de imediato a parte lesada a fim de confrontar as informações.
Infelizmente, por razões desconhecidas, todos os membros do governo angolano, e empresas associadas, sempre que são contactados para reagirem a um facto, simplesmente, se refugiam no silêncio, ou melhor, evocando “em segredo do Estado”, para mais tarde se limitarem em enviar comunicados sem qualquer nexo.
Uns até se dão o luxo de recusar passar a versão dos acusados, como recentemente vimos no "caso general Chitombi", onde a TPA se recusou categoricamente de passar a sua versão.
Portanto, as entidades do governo e seus filiados vivem alheios das regras básicas do jornalismo moderno, onde o contraditório e debates frontais é apenas uma miragem. Limitando-se apenas em comunicar, ao invés de proporcionar um ambiente de perguntas e respostas.
Para sermos mais específico, e como prova das nossas solicitações feitas, anexamos “extracto do e-mail enviado em Maio de 2012, ao porta-voz da PGR, referente ao “caso Manuel Rabelais”, para cruzar alguns dados e que até a presente data, nunca respondeu, muito menos acusar a recepção do correio electrónico:
To: mizalack@*********
Cc: club-kangola <
club-kangola@hotmail.com>
Subject: Sobre caso Manuel Rabelais
Prezado Gilberto Mizalaque Vunge
Saudações;
Sou Lucas Pedro, jornalista e Representante do Club-K em Angola,
gostava que me esclarecesse algumas duvidas que paira no ar:
1 - Com a nomeação de Manuel Rabelais para o cargo de Coordenador do
GRECIA, como é que fica o processo-crime apresentado pela Procuradoria
Geral da República (PGR), sobre os desvios que o mesmo efectuo?
2 - Há informações que a PGR já não irá dar azo a este processo. É verdade?
Por favor, aguardo com urgência os seus esclarecimentos.
Lucas Pedro
Contacto: 917005555
Para dar sequência ao assunto sobre “PGR nega ter se apoderado de 10 milhões de dólares do caso BNA” o colectivo do Club-K respondeu a NOTA do advogado Paulo Amaral Blanco, com o intuito de confrontarmos com as nossas fontes e até o presente momento aguardamos atenciosamente por deferimento:
Exmo. Sr. Dr. Paulo Amaral Blanco,
Após a publicação do vosso direito de resposta, vimos solicitar provas de que o seu escritório transferiu os fundos em questão para o Banco Nacional de Angola.
Assim, no interesse da transparência, satisfaremos a curiosidade dos nossos leitores e daremos por encerrado o caso com a devida penitência.
Atentamente,
O colectivo do CK

Em conclusão, as informações (de Angola virtual) transmitidas, diariamente, pelos órgãos estatal, e alguns privados, demostra claramente a falta de rigor e do profissionalismo. O Club K imensas vezes já contactou várias instituições e políticos tais como: a Sonangol, Semba Comunicação, MIREX, Casa Militar da Presidência da República, Bornito de Sousa, Rui Falcão etc., (...) para confrontar alguns factos, e nunca responderam.
Agradecemos, desde já, a cooperação e fraternal votos democráticos.
Viva a Liberdade de Imprensa
P’la direcção
Club-k.net
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