Lisboa - Mais de 80% do
investimento estrangeiro em Angola vai para a exploração de petróleo e
minérios, diz a Ernst & Young que, ao mesmo tempo, lamenta os
"elevados níveis de corrupção" e as "fracas infraestruturas do
país".
Fonte: Dinheiro Vivo Club-k.net
Angola conseguiu absorver uma média de 5,5 mil
milhões de euros por ano em capitais estrangeiros de 2003 a 2011 e deverá
manter o ritmo, com 5,8 mil milhões nos próximos cinco anos. A esmagadora
maioria do dinheiro vai para a exploração daqueles recursos naturais. Os
investimentos estrangeiros devem criar aproximadamente 30 mil novos postos de
trabalho até 2016.
No estudo sobre atratividade das economias africanas, a consultora afirma que "Angola é um dos destinos líderes para o Investimento Direto Estangeiro (IDE) em África, tendo atraído mais de 58 mil milhões de dólares [44 mil milhões de euros ao câmbio de hoje] entre 2003 e 2011".
"Mais de 80% deste IDE foi em petróleo, e as reservas substanciais de Angola em petróleo e minérios continuarão a ser a principal atração para os investidores nos próximos cinco anos".
Ou seja, diz a consultora, "prevê-se que a entrada de IDE em Angola seja, em média, de 7,6 mil milhões de dólares por ano [5,8 mil milhões de euros]".
O estudo refere que outros sectores vão continuar a crescer, como as comunicações, construção e imobiliário, à medida que "a classe média vai crescendo", mas é inegável que petróleo e minas continuarão a dominar o interesse do capital estrangeiro.
"As redes de infraestruturas fracas e os níveis elevados de corrupção percecionada são desafios que continuarão a impedir os esforços para aumentar o IDE num leque mais alargado de sectores", observa.
No período de 2003 a 2011, Portugal surge como o maior investidor no conjunto dos cinco maiores novos projetos, seguido dos Estados Unidos, Reino Unido e Espanha.
Portugal é também o segundo quando o critério é o número de empregos criados no país africano.
Os cinco maiores projetos estão nos serviços
financeiros e no sector do carvão, petróleo e gás.
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