quinta-feira, 10 de maio de 2012

Declaração do presidente americano sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa


Canal de Opinião. por Barack Obama, presidente dos EUA
  
Pedimos a todos os governos que protejam a capacidade de jornalistas, blogueiros e dissidentes escreverem e falarem livremente sem represálias e que ponham fim a proibições de viagens e outras formas indiretas de censura para suprimir o exercício desses direitos universais.

Convocamos todos os governos para aproveitar essa promessa reconhecendo o papel vital da imprensa livre e adoptando as medidas necessárias para criar sociedades nas quais jornalistas independentes possam actuar livremente e sem medo.
Maputo (Canalmoz) – Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (03 de Maio de 2012), os Estados Unidos homenageiam o papel da imprensa livre na criação de democracias sustentáveis e sociedades prósperas. Prestamos um tributo especial àqueles jornalistas que sacrificaram a vida, a liberdade ou o bem-estar pessoal na busca da verdade e da justiça.
Sessenta anos depois de a Declaração Universal dos Direitos Humanos ter proclamado o direito de todas as pessoas “buscar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras”, esse direito continua em risco em muitos países.
Embora este ano tenha registrado alguns desenvolvimentos positivos, como a libertação de jornalistas junto com centenas de outros presos políticos na Birmânia, prisões arbitrárias e detenções de jornalistas continuam ocorrendo em todo o globo. Ao condenarmos detenções recentes de jornalistas como Mazen Darwish, um dos principais defensores da liberdade de expressão na Síria, e pedirmos sua imediata libertação, não podemos nos esquecer de outros, como o blogueiro Dieu Cay, cuja prisão em 2008 coincidiu com uma repressão maciça do jornalismo cidadão no Vietnam, ou do jornalista Dawit Isaak, que é mantido incomunicável pelo governo da Eritreia há mais de uma década sem acusação formal ou julgamento.
Ameaças e hostilizações, como as que sofreu o jornalista equatoriano César Ricaurte e a ativista da democracia exilada de Belarus Natalya Radzina, e censura indireta, inclusive por meio de restrições à liberdade de locomoção, como as que foram impostas à blogueira cubana Yoani Sanchez, continuam a ter um efeito inibidor à liberdade de expressão e de imprensa. Pedimos a todos os governos que protejam a capacidade de jornalistas, blogueiros e dissidentes escreverem e falarem livremente sem represálias e que ponham fim a proibições de viagens e outras formas indiretas de censura para suprimir o exercício desses direitos universais.
Em alguns casos, não são só os governos que ameaçam a liberdade de imprensa. Também são grupos criminosos, terroristas ou facções políticas. Não importa a causa, quando jornalistas são intimidados, atacados, presos ou desaparecem, as pessoas passam a praticar a autocensura, o medo substitui a verdade e todas as sociedades sofrem. Não se pode permitir que uma cultura de impunidade para tais ações persista em qualquer país.
Este ano, em todo o Oriente Médio, no Norte da África e em outros lugares, o mundo testemunhou não apenas esses riscos, mas também a promessa da imprensa livre para fomentar democracias inovadoras, bem-sucedidas e estáveis. Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, convocamos todos os governos para aproveitar essa promessa reconhecendo o papel vital da imprensa livre e adotando as medidas necessárias para criar sociedades nas quais jornalistas independentes possam atuar livremente e sem medo. (Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América)

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