A
investigação sobre o sumiço de uma garota italiana há quase 30 anos levou ao
túmulo do mafioso Enrico de Pedis, sepultado em Sant'Apollinare, próxima à
Piazza Navona, o que tem preocupado o Vaticano: a Igreja, agora, é suspeita de
ter aceitado suborno para enterrar o criminoso na basílica medieval, em 1990.
Emanuela Orlandi desapareceu aos 15 anos, em 1983, quando ia para uma aula de
música. As versões para o paradeiro vão de moradora de palacete em
Liechtenstein a vendedora de produtos cosméticos, de monja no Leste Europeu a
morta desintegrada em um caminhão de cimento. As informações são do jornal Folha
de S.Paulo.
Há indícios,
entretanto, de que Emanuela repousa no túmulo do mafioso, que deve ser aberto
neste mês. Esse tipo de sepultura é reservado a papas e cardeais. Fontes
ligadas ao Vaticano afirmam que o privilégio foi comprado por 1 bilhão de liras
(o equivalente R$ 1,2 milhão). Na época do desaparecimento de Emanuela, a tese
de que ela havia fugido de casa para vender produtos da Avon foi aceita até
João Paulo II endereçar apelos aos responsáveis pelo sumiço. Espalharam-se
hipóteses como a de que ela havia sido sequestrada para pedir a soltura do
turco Mehmet Ali Agca, que tentou assassinar o Papa em 1981. Um telefonema
anônimo a uma emissora de TV em 2005 sugeriu que quem estivesse em busca de uma
solução deveria procurar entre as tumbas da Sant'Apollinare. Em 2008, uma ex-namorada
do criminoso afirmou que o sequestro foi obra do grupo mafioso Banda della
Magliana, de Enrico de Pedis. Já Pietro Orlandi acredita que sua irmã foi
sequestrada por ser cidadã do Vaticano, como represália ao Papa, que teria
usado dinheiro emprestado da máfia para financiar o Solidariedade, grupo que
derrubou o comunismo na Polônia nos anos 1980.
Terra
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Amo as horas sombrias do meu ser em que os meus sentidos se aprofundam;
spleenbored-
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