Benguela - A associação OMUNGA
tem vindo por diversas vezes, publicamente, demonstrar a sua preocupação em
relação à situação dos jornalistas e defensores de direitos humanos em Angola.
Em ano eleitoral, a associação OMUNGA considera
incompreensível e inaceitável o clima de perseguição, amedrontamento,
repressão, tortura e criminalização de jornalistas e defensores de direitos
humanos.
Está preocupada com a insistente proibição de manifestações, apontando a mais recente proibição do Governo Provincial de Luanda da marcha organizada pela Rede Educação Para Todos (EPT), dentro da semana da campanha global, prevista para 28 de Abril. Ao mesmo tempo que manifestantes no Cacuaco, que protestavam contra o alcoolismo e as drogas foram dramaticamente reprimidos quer pela polícia quer por milícianos civis.
Várias outras manifestações foram proibidas e reprimidas durante o presente ano, assim como detidos, julgados e condenados manifestantes em Luanda, Cacuaco e Benguela. Cidadãos ligados à organização ou participação em manifestações, foram raptados, torturados, agredidos ou viram invadidas as suas residências.
A OMUNGA ainda acompanhou ofensas, intimidações e ameaças de morte através de folhetos distribuídos por pelo menos 4 vezes a nível do Lobito e Benguela contra cidadãos, nomeadamente o seu coordenador, para além de uma vez através da internet.
A OMUNGA teve acesso à posição da Ministra da Justiça com o intuito de limitar as ações desta associação, considerando, injustamente, que a mesma não está legalizada junto daquele departamento ministerial. Ao mesmo tempo assistiu à detenção e condenação do seu activista JESSE LUFENDO enquando fazia a cobertura da manifestação de 10 de Março em Benguela, para além da apreensão do seu equipamento.
Acompanhou a repressão e a tentativa de criminalização de grevistas, nomeadamente dos trabalhadores da saúde em Cabinda e dos professores do Lubango.
Acompanha agora, com imensa preocupação a
situação de segurança do jornalista da Rádio Despertar, COQUE MUKUTA. Por tal
motivo, endereça, em carta aberta, à Comandante Provincial da Polícia de
Luanda, estas preocupações considerando de inteira responsabilidade a segurança
física e proteção psicológica deste jornalista e seus familiares por parte da
Polícia Nacional.
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