– presidente da Associação Industrial de Moçambique,
Elias Come
Maputo
(Canalmoz) - O presidente da Associação Industrial de Moçambique, Elias Come,
defendeu que a pobreza não pode ser combatida com o boom dos recursos minerais,
nem com a implantação de mega-projectos que se assiste no país.
Come,
que falava sexta-feira passada em conferência de imprensa, no âmbito de
lançamento da realização da II Conferência sobre a Competitividade e Industrialização
de Moçambique, a decorrer na capital do País, disse que com os recursos que
temos, melhor é estudar as melhores formas de organizar e explorar estes
recursos.
“Há
países com petróleo que até hoje continuam pobres porque não se organizaram
melhor”, observou. Lembrou ainda que Moçambique sempre teve a terra, o turismo,
o camarão, e o surgimento destes recursos (gás natural, areias pesadas, carvão,
petróleo) são mais fontes para exploração, mas não é tudo.
“Neste
momento há mais oportunidade de exploração dos recursos, mas é preciso mais
tempo. A indústria tradicional já não é competitiva. As matérias-primas que
eram usadas, ou não existem, ou não têm valor”, advertiu.
O
presidente da Associação Industrial de Moçambique, Elias Come, realçou que até
ao momento a agricultura é o sustento dos moçambicanos, e os recursos o que
podem fazer é ajudar a atacar os problemas estruturais que o país tem.
“Queremos
trazer empresas para juntos criarmos lobbies e um ambiente necessário para
permitir que as transformações dos mega-projectos sirvam o país”, ajuntou. (Cláudio Saúte)
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