Seca de
lençóis freáticos e excesso de população e de arranha-céus estão a provocar o
afundamento do solo na China. O problema está a afetar um total de 79 mil
quilómetros quadrados, uma área superior à da Irlanda.
Maria Luiza Rolim (www.expresso.pt), agências
e China Daily
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O fenómeno, a par da crescente escassez de água potável na China, está a preocupar as autoridades chinesas. Densas áreas no centro do país estão a afundar-se, progressivamente, devido a uma diminuição das águas subterrâneas, associada, em muitos casos, à construção excessiva de arranhas-céus.
Segundo um estudo realizado pelo Instituto
Geológico da China, o problema já afeta pelo menos 79 mil quilómetros
quadrados, uma área superior à da Irlanda, estando o fenómeno associado ao
superpovoamento das cidades.
Xangai,
Pequim e Chongqing em risco
As zonas de maior risco são o delta do rio Yang
Tsé, onde se situam Xangai e Chongqing, a planície no norte da China (Pequim
encontra-se no seu extremo setentrional) e a bacia dos rios Fen e Wei, no
centro da China.
OInstituto Geológico da China sustenta que mais de
50 cidades nessas regiões afundaram pelo menos 20 centímetros, em
comparação há 30 anos, e em algumas esse desnivelamento supera os dois metros.
Também em Banguecoque, o solo está a afundar-se
devido à crescente extracção de água para uso doméstico, a par da subida
do nível do mar (metro nos últimos 30 anos), sendo o fenómeno associado ao
aquecimento global.
Imagem: Chongqing, na península sobre o rio Yang-tsé, é um
dos municípios chineses cujo solo não está a resistir ao peso dos arranha-céus
Getty Images
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