sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Activistas pedem a Eduardo dos Santos esclarecimento sobre desaparecidos


Desde 27 de Maio que as famílias de Alves Kamulingue e Isaías Kassule desconhecem o seu paradeiro
Coque Mukuta VOA
Activistas cívicos em Angola exigem do Presidente da República pronunciamentos sobre jovens activistas desaparecidos em Luanda há mais de dois meses.
Esses activistas não aceitam a inevitabilidade do desaparecimento de Alves Kamulingue e Isaias Kassule, de quem não não há rasto desde finais de Maio.
Quarta-feira, o Director Provincial para Ordem Pública e porta-voz da Polícia em Luanda para as eleições de 31 de Agosto, Superintendente-chefe, Orlando Bernardo, reafirmou desconhecer o paradeiro de Kamulingue e Kassule desaparecidos quando tentavam realizar uma manifestação a 27 de Maio, para exigirem melhores condições e reenquadramento dos ex-militares, em Luanda.
Mas, antes, a polícia de Luanda informara familiares que os dois estavam sob sua custódia e seriam libetrados em breve.
Face a esta discrepância, os activistas exigem uma resposta do Presidente da República. Tunga Alberto, do Conselho Nacional de Coordenação dos Direitos Humanos em Angola, diz que este desaparecimento levará ao povo angolano, falta de confiança nos seus dirigentes.
“O governo deve fazer tudo, sobretudo nesse período das campanha eleitoral, para que esses jovens aparecessem vivos de preferência, porque se não vamos nos perguntar - somos governados afinal para quê se não temos direito à nossa vida” frisou.
Já o jornalista e activista cívico Rafael Marques diz que, com o pronunciamento da Polícia Nacional que reafirma desconhecer o paradeiro de Alves Kamulingue e Isaías Kassule, cabe à Presidência da República o esclarecimento do alegado rapto.
“O rumor é que eventualmente poderiam já nem estar vivos, e por isso cabe à Presidência da República fazer um pronunciamento claro sobre o paradeiro, para que não se ligue a força militar a esses actos” disse.
Lembro que a mãe de Isaías Kassule, Madalena Diogo Massoxi, disse à Voz da América que lamenta o tratamento recebido pela polícia e não acredita mais na existência do seu filho – receando que esteja morto.

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