sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ANGOLA FALA SÓ - Norberto Garcia diz que não há intimidação em Angola


Este responsável do MPLA aconselha famílias de Alves Kamulingue e Isaías Kassule a recorrerem às instâncias judiciais.
Luís Costa Ribas VOA
Em Angola "não vivemos num mar de rosas mas fizemos muito em 10 anos", disse hoje Norberto Garcia, do MPLA, no programa Angola Fala Só, da Voz da América.
O secretário provincial do MPLA em Luanda para os Assuntos Políticos e Eleitorais, respondia aos ouvintes daquela emissora, onde afirmou, ainda, que os familiares dos desaparecidos Alves Kamulingue e Isaías Kassule devem "recorrer às instâncias judiciais", se a polícia não lhes conseguir comunciar o paradeiro dos mesmos.
Numa viva defesa da governação do MPLA, Garcia insistiu que o seu partido tem humildade para recomhecer que há muito a fazer e que em Angola "não vivemos mum mar de rosas", mas insiste que "fizemos muito em 10 anos", referindo-se ao período de paz posterior à morte do líder histórico da UNITA, Jonas Savimbi.
Para ele, o governo deve "crescer mais e distribuir melhor" e o "MPLA tem o melhor programa eleitoral" para garantir a "estabilidade e unidade" nacionais.
Norberto Garcia insiste que "não há intimidação nem intolerância" em Angola nem coação para obrigar os cidadãos a votar no MPLA.
Às acusações de repressão de manifestantes e limitação da liberdade de expressão em Angola, Garcia respondeu que o MPLA é o obreiro da democracia em Angola e que "se quisessemos exterminar alguém tinhamos feito isso em 2002 quando tínhamos a faca e o queijo na mão".
Argumenta que as acusações de falta de democra em Angola partem "dos que fizeram a guerra" exortando "esses que fizeram a guerra é que devem, pedir desculpa" ao povo angolano.
Depois de insistir que nenhuma manifestação será proibida em Angola, mas que haverá medidas contra quem ponha em causa a segurança e "o interesse público" Norberto Garcia disse não dispor de "elementos" sobre o caso do desaparecimento dos activistas Alves Kamulingue e Isaías Kassule, dos quais não há sinal desde finais de Maio.
Preconiza que as famílias devem pedir informações à polícia e, se este não tiver respostas, recorrer "às instâncias juduiciais".

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