quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Íntegra do discurso do líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku na abertura da campanha eleitoral



Luanda - Integra do discurso proferido nesta segunda-feira, 31, em Luanda, pelo presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, na abertura da campanha eleitoral do seu partido.
 
Fonte: Club-k.net
Excelentíssimo Senhor Almirante André Gaspar Mendes de Carvalho, « MIAU », Candidato a Vice – Presidente da República pela   Convergência Ampla de Salvação de Angola – CASA – CE.
Excelentíssima Senhora e Senhores Vice – Presidentes da CASA – CE.
Meus Digníssimos Companheiros, Dirigentes, Membros e Amigos desta nossa CASA comum que tanto nos orgulha.

Estimados Convidados;

Digníssimos Jornalistas;

Minhas Senhoras, Meus Senhores.

Em nome  da CASA -CE, e  em meu nome pessoal, saúdo fraternalmente  todos os presentes  a este magno  evento, que assinala a abertura   formal e oficial da campanha eleitoral da CASA – CE,  para as eleições gerais de 31 de Agosto de 2012. O meu agradecimento a todos os convidados que aceitaram prestigiar o nosso evento com a sua presença. Faço um relevo particular  aos representantes do corpo diplomático aqui presentes. Muito obrigado.
Estamos aqui a dar o mote de largada, a ordem  de comando,  para esta missão histórica,  grandiosa, embora desigual,  em relação ao nosso adversário, o Partido no poder e o seu candidato. Como é do conhecimento público, o regime tem utilizado ilegal e abusivamente, e sem nenhum pudor,  todos os recursos do estado, recursos esses que são de todos os angolanos, incluindo a vergonhosa manipulação dos órgãos de comunicação social  públicos, particularmente  a TPA.
Interessantemente, os  mais altos dignitários do regime  publicamente apelidados de corruptos, assumiram agora ao mais alto nível, que afinal,  também  são os principais corruptores e promotores da corrupção em Angola. Com um mandato de 4 anos no poder, só nas vésperas das eleições é que  descobriram  e criaram os chamados balcões do empreendedor, os  ditos BUES,  criados para aliciar a juventude e outros segmentos vulneráveis da população. É lamentável  confirmar,  que o partido no poder,  é hoje o maior agente da destruição dos valores éticos e cívicos e de honestidade em Angola. 
Meus companheiros, Excelências,
Face a eminência do desastre eleitoral,  que não conseguirão evitar, o candidato José Eduardo dos Santos, recentemente  ordenou  a sua maquina partidária,  para publicamente orquestrarem uma distribuição  massiva de viaturas aos mais variados segmentos do eleitorado, incluindo a função pública, as forças castrenses, o clero de varias confissões religiosas cristãs e tantos outros.  Viaturas cujo valor não consta de nenhuma rubrica do orçamento geral do Estado.  Tentativa ilegal e imoral, de compra descarada do voto.
Companheiros,
Na falta de credibilidade moral e ausência  de uma visão positiva sobre a Angola a construir, tentam desesperadamente corromper as mentes das forças vivas da Nação.  Será  que quem assim se comporta  merece o voto consciente do cidadão? Será que quem reconhece perante os factos que é corrupto e não nega perante as evidencias que é corruptor, merece continuar a governar o nosso País?  Este é o momento das grandes opções e  cada cidadão deve  julgar todos estes factos, na hora do voto.
Caros Concidadãos,

 Em todos os tempos, épocas e circunstancias, os regimes totalitários, ditatoriais e autoritários, como o que temos aqui em Angola, nunca tiveram a premonição e capacidade de entenderem os sinais dos tempos, e perceber que mesmo as  massas populares supostamente amorfas e fatalistas, por  mais amordaçadas que estejam,  têm alto poder de discernimento e  capacidade de definição do seu interesse. Que ninguém duvide. Desta vez, assim será neste nosso belo País.
 Por Angola e pelos angolanos, nós membros e amigos da CASA – CE,  reafirmamos o nosso compromisso solene   de tudo fazer para que a mudança positiva, ordeira e responsável a tanto almejadas,  passem de sonho a realidade palpável neste histórico ano.

Angolanas, Angolanos,

O Senhor, Pai Celestial, proveu o território de  Angola,  de lés a lés, com todas as riquezas imagináveis, para que os seus  residentes  pudessem usufruir delas  e viverem realizados e com dignidade, de geração em geração. Contrariamente a este desígnio, alguns  seres humanos, ao longo dos tempos, foram tudo fazendo para que a maioria dos angolanos não beneficiasse dessa dádiva. O cidadão José Eduardo dos Santos, hoje candidato    a  Presidência da República, cargo  que já exerce há 32 anos, sem nunca ter sido para tal eleito, faz parte dos que têm inviabilizado a realização política, social e cultural da maioria dos angolanos, reservando o acesso as essas riquezas que DEUS doou para todos, a um punhado de cidadãos,  seus próximos.  Assim, o que devia ser de todos, passou a ser de uns poucos.
Angolanas, Angolanos,
Volvidos cerca de 37 anos apôs a proclamação da independência nacional; volvidos 21 anos desde o advento do pluralismo politico;  e volvidos 10 anos desde o alcance da Paz, Angola continua a ser um País potencialmente rico, mas habitado por  uma maioria de cidadãos  pobres. De facto, apesar de toda essa riqueza potencial, ainda hoje, cerca de 65% da população angolana vive na pobreza absoluta.
Apesar de termos uma imensidão de rios e fontes energéticas diversificadas, o actual governo é simplesmente incapaz de utilizar esses recursos e providenciar água e energia para a maioria  dos cidadãos.  Apesar de termos sido abençoados com solos aráveis em quase toda a extensão do território, o actual governo não tem,  nem vontade política, nem capacidade de estruturar, um sistema produtivo a altura de garantir a segurança alimentar nacional, refugiando-se como já é regra, na contínua importação de alimentos.   

Apesar de termos fontes inesgotáveis  de matéria prima para a produção de materiais de construção, os angolanos continuam a viver em condições habitacionais precárias e sem saneamento básico adequado, enquanto as ditas novas centralidades estão ás moscas, porque foram concebidas como negócio para os detentores do poder.
Estas e outras, foram algumas das razões que levaram a criação da CASA – CE, a terceira via,  como instrumento de todos angolanos para dinamizar e protagonizar a mudança positiva e responsável por todos almejada.
 Meus Concidadãos,
 Eis aqui a CASA. O vosso instrumento para a verdadeira viragem que o nosso País deve protagonizar.

Viragem, para uma atitude e postura  credíveis de luta contra a  corrupção,   contra os desvios do erário público e contra o nepotismo.  
   
Viragem, para a responsabilização, a todos os níveis da vida pública nacional  para o fim da impunidade.
Viragem,  para um futuro de efectiva reconciliação, irmandade, diversidade na unidade e solidariedade activa.
Viragem, para uma governação visionária, moderna, competente, humanizada e honesta, onde a qualidade de vida do  cidadão angolano  seja o factor de avaliação do progresso e do desenvolvimento.
 

Viragem!

Viragem, é a proposta que a CASA  coloca perante  aos angolanos, como compromisso nacional  a materializar nas eleições deste ano. É  a mudança que a CASA propõe   para  terminarmos,  serena, pacífica e ordeiramente, os 32 anos de poder ininterrupto e nunca eleito.  O actual Presidente da República,  que respeitamos, já cumpriu o seu papel. Chegou a hora de passar o leme. Saber sair no momento apropriado, com elevação e dignidade, nunca  será  uma fraqueza mas sim uma virtude.

Façamos do dia 31de Agosto de  2012,  um  novo marco histórico de Angola, a juntar aos outros, como  o 11 de Novembro de 1975, data da proclamação da independência nacional; o dia 31 de Maio de 1991, que representou o advento do pluralismo político e da democracia, assim como o dia 4 de Abril de 2002, que representou o renascer de Angola com a Paz arduamente alcançada.
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