Luanda - Integra do discurso proferido nesta segunda-feira,
31, em Luanda, pelo presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, na abertura da
campanha eleitoral do seu partido.
Fonte:
Club-k.net
Excelentíssimo
Senhor Almirante André Gaspar Mendes de Carvalho, « MIAU », Candidato a Vice –
Presidente da República pela Convergência Ampla de Salvação de
Angola – CASA – CE.
Excelentíssima
Senhora e Senhores Vice – Presidentes da CASA – CE.
Meus Digníssimos
Companheiros, Dirigentes, Membros e Amigos desta nossa CASA comum que tanto nos
orgulha.
Estimados Convidados;
Digníssimos Jornalistas;
Minhas Senhoras, Meus Senhores.
Em nome da
CASA -CE, e em meu nome pessoal, saúdo fraternalmente todos os
presentes a este magno evento, que assinala a abertura
formal e oficial da campanha eleitoral da CASA – CE, para as eleições
gerais de 31 de Agosto de 2012. O meu agradecimento a todos os convidados que
aceitaram prestigiar o nosso evento com a sua presença. Faço um relevo particular
aos representantes do corpo diplomático aqui presentes. Muito obrigado.
Estamos aqui a dar
o mote de largada, a ordem de comando, para esta missão
histórica, grandiosa, embora desigual, em relação ao nosso
adversário, o Partido no poder e o seu candidato. Como é do conhecimento
público, o regime tem utilizado ilegal e abusivamente, e sem nenhum
pudor, todos os recursos do estado, recursos esses que são de todos os
angolanos, incluindo a vergonhosa manipulação dos órgãos de comunicação
social públicos, particularmente a TPA.
Interessantemente,
os mais altos dignitários do regime publicamente apelidados de
corruptos, assumiram agora ao mais alto nível, que afinal, também
são os principais corruptores e promotores da corrupção em Angola. Com um
mandato de 4 anos no poder, só nas vésperas das eleições é que
descobriram e criaram os chamados balcões do empreendedor, os ditos
BUES, criados para aliciar a juventude e outros segmentos vulneráveis da
população. É lamentável confirmar, que o partido no poder, é hoje
o maior agente da destruição dos valores éticos e cívicos e de honestidade em
Angola.
Meus
companheiros, Excelências,
Face a eminência
do desastre eleitoral, que não conseguirão evitar, o candidato José
Eduardo dos Santos, recentemente ordenou a sua maquina
partidária, para publicamente orquestrarem uma distribuição massiva
de viaturas aos mais variados segmentos do eleitorado, incluindo a função
pública, as forças castrenses, o clero de varias confissões religiosas cristãs
e tantos outros. Viaturas cujo valor não consta de nenhuma rubrica do
orçamento geral do Estado. Tentativa ilegal e imoral, de compra descarada
do voto.
Companheiros,
Na falta de
credibilidade moral e ausência de uma visão positiva sobre a Angola a
construir, tentam desesperadamente corromper as mentes das forças vivas da
Nação. Será que quem assim se comporta merece o voto
consciente do cidadão? Será que quem reconhece perante os factos que é corrupto
e não nega perante as evidencias que é corruptor, merece continuar a governar o
nosso País? Este é o momento das grandes opções e cada cidadão
deve julgar todos estes factos, na hora do voto.
Caros
Concidadãos,
Em todos os tempos, épocas e circunstancias, os regimes totalitários, ditatoriais e autoritários, como o que temos aqui em Angola, nunca tiveram a premonição e capacidade de entenderem os sinais dos tempos, e perceber que mesmo as massas populares supostamente amorfas e fatalistas, por mais amordaçadas que estejam, têm alto poder de discernimento e capacidade de definição do seu interesse. Que ninguém duvide. Desta vez, assim será neste nosso belo País.
Por Angola e
pelos angolanos, nós membros e amigos da CASA – CE, reafirmamos o nosso
compromisso solene de tudo fazer para que a mudança positiva,
ordeira e responsável a tanto almejadas, passem de sonho a realidade
palpável neste histórico ano.
Angolanas, Angolanos,
O Senhor, Pai Celestial, proveu o território de Angola, de lés a lés, com todas as riquezas imagináveis, para que os seus residentes pudessem usufruir delas e viverem realizados e com dignidade, de geração em geração. Contrariamente a este desígnio, alguns seres humanos, ao longo dos tempos, foram tudo fazendo para que a maioria dos angolanos não beneficiasse dessa dádiva. O cidadão José Eduardo dos Santos, hoje candidato a Presidência da República, cargo que já exerce há 32 anos, sem nunca ter sido para tal eleito, faz parte dos que têm inviabilizado a realização política, social e cultural da maioria dos angolanos, reservando o acesso as essas riquezas que DEUS doou para todos, a um punhado de cidadãos, seus próximos. Assim, o que devia ser de todos, passou a ser de uns poucos.
Angolanas,
Angolanos,
Volvidos cerca de
37 anos apôs a proclamação da independência nacional; volvidos 21 anos desde o
advento do pluralismo politico; e volvidos 10 anos desde o alcance da
Paz, Angola continua a ser um País potencialmente rico, mas habitado por
uma maioria de cidadãos pobres. De facto, apesar de toda essa riqueza
potencial, ainda hoje, cerca de 65% da população angolana vive na pobreza
absoluta.
Apesar de termos
uma imensidão de rios e fontes energéticas diversificadas, o actual governo é
simplesmente incapaz de utilizar esses recursos e providenciar água e energia
para a maioria dos cidadãos. Apesar de termos sido abençoados com
solos aráveis em quase toda a extensão do território, o actual governo não
tem, nem vontade política, nem capacidade de estruturar, um sistema
produtivo a altura de garantir a segurança alimentar nacional, refugiando-se
como já é regra, na contínua importação de alimentos.
Apesar de termos fontes inesgotáveis de matéria prima para a produção de materiais de construção, os angolanos continuam a viver em condições habitacionais precárias e sem saneamento básico adequado, enquanto as ditas novas centralidades estão ás moscas, porque foram concebidas como negócio para os detentores do poder.
Estas e outras,
foram algumas das razões que levaram a criação da CASA – CE, a terceira
via, como instrumento de todos angolanos para dinamizar e protagonizar a
mudança positiva e responsável por todos almejada.
Meus
Concidadãos,
Eis aqui a
CASA. O vosso instrumento para a verdadeira viragem que o nosso País deve
protagonizar.
Viragem, para uma atitude e postura credíveis de luta contra a corrupção, contra os desvios do erário público e contra o nepotismo.
Viragem, para a responsabilização, a todos os níveis da vida pública nacional para o fim da impunidade.
Viragem,
para um futuro de efectiva reconciliação, irmandade, diversidade na unidade e
solidariedade activa.
Viragem, para uma
governação visionária, moderna, competente, humanizada e honesta, onde a
qualidade de vida do cidadão angolano seja o factor de avaliação do
progresso e do desenvolvimento.
Viragem!
Viragem, é a proposta que a CASA coloca perante aos angolanos, como compromisso nacional a materializar nas eleições deste ano. É a mudança que a CASA propõe para terminarmos, serena, pacífica e ordeiramente, os 32 anos de poder ininterrupto e nunca eleito. O actual Presidente da República, que respeitamos, já cumpriu o seu papel. Chegou a hora de passar o leme. Saber sair no momento apropriado, com elevação e dignidade, nunca será uma fraqueza mas sim uma virtude.
Façamos do dia
31de Agosto de 2012, um novo marco histórico de Angola, a
juntar aos outros, como o 11 de Novembro de 1975, data da proclamação da
independência nacional; o dia 31 de Maio de 1991, que representou o advento do
pluralismo político e da democracia, assim como o dia 4 de Abril de 2002, que
representou o renascer de Angola com a Paz arduamente alcançada.
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