O ministro de Estado e chefe da Casa Militar
da Presidência da República de Angola, general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior
“Kopelipa”, liderou todo o processo de aquisição de meios de transporte aéreo
destinados a apoiar as eleições de 31 Agosto.
A frota, que chegou à Luanda há dias, é
composta por 13 helicópteros do tipo Bell-112 e um Bell 222, de fabrico
norte-americano, provenientes da África do Sul e do Canadá.
O francês Pascal DeLussaki foi o principal
executor da operação. Foi DeLussaki quem também organizou a venda, à Sonangol,
da maior parte da frota da SONAIR e criou, em parceria com com
“Kopelipa” e Manuel Vicente, a VipAir, a luxuosa empresa de aviação que serve a
elite política angolana, a chinesa e altas figuras internacionais. Para as
eleições de 2008, o mesmo cidadão gaulês também teve missão similar.
No entanto, a contratação de pilotos
canadianos e sul-africanos para realizarem as operações de apoio logístico às
eleições e transporte de urnas de voto está a alimentar sérias suspeitas. Em
poucas horas, os mandatados do general Kopelipa obtiveram as competentes
licenças do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) para os pilotos
poderem operar em Angola. Segundo disse ao Maka Angola um especialista em
questões eleitorais, a opção por pilotos estrangeiros tem a ver com a
necessidade de evitar testemunhas comprometedoras ou fugas de informação em
algumas operações de transporte das urnas.
Outro aspecto preocupante reside no
envolvimento da Casa Militar na organização da logística eleitoral,
nomeadamente na aquisição dos helicópteros, um processo que não é da sua
competência.
Sem comentários:
Enviar um comentário