quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Revista Benguela ao Serviço do MPLA


Por Nelson Sul D’Angola:
Em 2008, a direcção provincial da comunicação social, liderada por Alexandre Lucas Tchilumbo, criou uma publicação bimensal com o intuito de dar a conhecer aos benguelenses, em particular, as acções desenvolvidas pelo governo provincial de Benguela.
A revista Benguela, antes denominada Benguela e Municípios, é uma publicação institucional, financiada pelo governo provincial de Benguela,  com fundos disponibilizados pelo Orçamento Geral do Estado (OGE).
Na sua actual edição, de Julho, a revista Benguela destaca, como principal manchete:  “MPLA anuncia linhas de força para eleições – José Eduardo dos Santos é o cabeça de lista”. No seu interior, a revista dedica quatro páginas ao MPLA. A primeira é sobre a reunião do Comité Central que escolheu Manuel Vicente como o candidato à vice-presidência da República. A página seguinte cobre o Manifesto Eleitoral do MPLA, enquanto as outras duas páginas publicam a lista integral de candidatos a deputados do MPLA pelo círculos nacional e provinciais.
O governo provincial, como proprietário da revista, viola o princípio constitucional segundo o qual “a administração pública prossegue, nos termos da Constituição e da lei, o interesse público, devendo, no exercício da sua actividade, reger-se pelos princípios da igualdade, legalidade, justiça, proporcionalidade, imparcialidade, responsabilização, probidade administrativa e respeito pelo património público”.
Apesar da sua condição de órgão informativo do governo provincial,  a revista tem sido usada como um veículo de propaganda a favor do MPLA e contra a oposição.
Em Benguela, o MPLA e o governo do general Armando da Cruz Neto (na foto acima)  têm sido acusados de implantarem cabides partidárias  nas instituições do Estado e nas instituições públicas e privadas.
O Maka Angola soube, de fontes fidedignas, que está na forja um projecto de transformação da revista bimensal em semanário, usando fundos do Estado. A iniciativa é liderado pelo secretário de Estado junto da Presidência, Manuel Rabelais,  e tem como objectivo difundir a sua mensagem eleitoral.



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