Pretória
(Canalmoz) - O empréstimo de 1,32 mil milhões de dólares recentemente concedido
pelo Banco de Desenvolvimento da China à Sociedade Nacional de Combustíveis de
Angola (Sonangol) revela a “relação próxima” entre os dois países, que vai
“manter-se forte”, afirma a Economist Intelligence Unit.
“O
empréstimo sublinha a nossa expectativa de que as relações entre Angola e a
China vão continuar fortes e centradas no petróleo”, refere a EIU no seu mais
recente relatório sobre Angola.
Somando-se
a perto de 15 mil milhões de dólares concedidos nos últimos anos por
instituições financeiras chinesas a Angola, o crédito é concedido numa altura
em que Angola dá sinais de tentar diversificar as suas fontes de financiamento
internacional.
Contraído
através da subsidiária Sonangol Finance Limited, este empréstimo terá uma
maturidade de 10 anos e pagará uma taxa de juro equivalente à Libor (London
Interbank Offered Rate) acrescida de 3,5 pontos percentuais.
De
acordo com a petrolífera, este empréstimo “demonstra a robustez do modelo de
financiamento a longo prazo da Sonangol, que permitiu nos últimos sete anos
contrair empréstimos de cerca de 18 mil milhões de euros, dos quais mais de 50%
já foram reembolsados.”
No
anúncio do acordo, as duas entidades não precisaram para que fim se destina o
financiamento. (Redacção)
Para
a Economist, o acordo mostra a “sólida reputação financeira” da Sonangol que,
além da sua grande dimensão, tem uma vasta rede de empresas subsidiárias nos
transportes aéreos, telecomunicações e imobiliário, além de acções em vários
bancos e seguradoras.
Em
2011, a empresa registou lucros de 3,32 mil milhões de dólares, uma subida de
32% em relação ao ano anterior.
“A
Sonangol há muito que é vista como um oásis de eficiência em Angola
comparativamente a alguns departamentos governamentais, apesar de por vezes ser
criticada a sua ‘opacidade”, adianta o relatório.
A
EIU recorda que vários novos negócios foram formalizados desde a visita a
Angola de Li Jinzao, vice-ministro do Comércio, em Outubro de 2012, que
reforçou os laços diplomáticos entre a China e o seu maior parceiro comercial
em África.
“Avultados
acordos de comércio e investimento, particularmente no petróleo, construção e
agricultura, aprofundaram a relação nos últimos anos.
As
empresas chinesas estabeleceram-se nos sectores da construção,
telecomunicações, comércio, energia e minas”, adiantam os analistas da EIU.
As previsões da EIU para a economia angolana
são largamente favoráveis, com o barril de petróleo a poder vir a ter um preço
superior ao que serviu de base à elaboração do Orçamento de Estado, dando
origem a um excedente orçamental que poderá atingir 4,6% do Produto Interno
Bruto. (macauhub)
Imagem: www.automobilsport.com
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