O ministro
do Interior angolano, Ângelo Veiga Tavares, apelou segunda-feira, em Luanda, ao
líder da Unita, Isaias Samakuva, a maior sentido de Estado e de
responsabilidade.
O ministro
do Interior angolano, Ângelo Veiga Tavares, apelou segunda-feira, em Luanda, ao
líder da Unita, Isaias Samakuva, a maior sentido de Estado e de
responsabilidade.
Ângelo
Tavares falava em conferência de imprensa conjunta com o seu colega da
Administração do Território, Bornito de Sousa, na sequência do incidente com
uma delegação da Unita, encabeçada por Isaías Samakuva, quando agentes da
administração local pretendiam retirar indivíduos que ilegalmente se haviam
estabelecido em terrenos do município de Cacuaco.
Relatou que,
no dia 26 de Fevereiro, em 15 viaturas e várias motorizadas, os cidadãos
chegados ao local forçaram o cordão de segurança, desrespeitando os elementos
da ordem, instigando a desordem.
Para o
governante, responsabilidade acrescida tem a Unita, como maior partido na
oposição e o segundo em termos de representatividade no parlamento, órgão de
recurso e com mecanismos próprios para reclamar de acções do Governo.
"Um
partido da oposição, que acredita um dia possa vir a ser governo, deve procurar
ter uma postura que lhe permita, caso chegue a assumir o poder, estar em
condições de governar com alguma tranquilidade", declarou Ângelo Tavares.
Informou que
no mesmo dia foram detidos dois militantes da Unita, sendo um deles João
Mussupi, condenado em julgamento sumário, por crime de arruaça, a seis meses de
cadeia, convertida em multa, e um outro com quatro documentos diferentes, que
dificultou a sua verdadeira identificação.
Explicou que
o segundo elemento possuía um Bilhete de Identidade com o nome de Evaristo
Manuel Cipriano, um cartão eleitoral como Isaías Luciano Bonito, um cartão de
sócio do clube 1º de Agosto com o nome de Jorge Daniel e outro de deficiente
físico, com a patente de sargento-chefe das Forças Armadas Angolanas, em que se
identificava como Pereira do Santos Veloso.
O nosso
apelo é que haja respeito e sentido de Estado da parte dos responsáveis de
partidos políticos, de associações e outras estruturas da sociedade civil,
lembrando que o direito à manifestação está consagrado em Lei.
Salientou
que comportamentos do género já se haviam registado, envolvendo deputados e
militantes com camisolas deste partido, dias antes.
ANGOP
ANGOLA24HORAS.COM
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