terça-feira, 12 de março de 2013

Ministro angolano apela ao "sentido de responsabilidade" do líder da Unita


O ministro do Interior angolano, Ângelo Veiga Tavares, apelou segunda-feira, em Luanda, ao líder da Unita, Isaias Samakuva, a maior sentido de Estado e de responsabilidade.
O ministro do Interior angolano, Ângelo Veiga Tavares, apelou segunda-feira, em Luanda, ao líder da Unita, Isaias Samakuva, a maior sentido de Estado e de responsabilidade.
Ângelo Tavares falava em conferência de imprensa conjunta com o seu colega da Administração do Território, Bornito de Sousa, na sequência do incidente com uma delegação da Unita, encabeçada por Isaías Samakuva, quando agentes da administração local pretendiam retirar indivíduos que ilegalmente se haviam estabelecido em terrenos do município de Cacuaco.
Relatou que, no dia 26 de Fevereiro, em 15 viaturas e várias motorizadas, os cidadãos chegados ao local forçaram o cordão de segurança, desrespeitando os elementos da ordem, instigando a desordem.
Para o governante, responsabilidade acrescida tem a Unita, como maior partido na oposição e o segundo em termos de representatividade no parlamento, órgão de recurso e com mecanismos próprios para reclamar de acções do Governo.
"Um partido da oposição, que acredita um dia possa vir a ser governo, deve procurar ter uma postura que lhe permita, caso chegue a assumir o poder, estar em condições de governar com alguma tranquilidade", declarou Ângelo Tavares.
Informou que no mesmo dia foram detidos dois militantes da Unita, sendo um deles João Mussupi, condenado em julgamento sumário, por crime de arruaça, a seis meses de cadeia, convertida em multa, e um outro com quatro documentos diferentes, que dificultou a sua verdadeira identificação.
Explicou que o segundo elemento possuía um Bilhete de Identidade com o nome de Evaristo Manuel Cipriano, um cartão eleitoral como Isaías Luciano Bonito, um cartão de sócio do clube 1º de Agosto com o nome de Jorge Daniel e outro de deficiente físico, com a patente de sargento-chefe das Forças Armadas Angolanas, em que se identificava como Pereira do Santos Veloso.
O nosso apelo é que haja respeito e sentido de Estado da parte dos responsáveis de partidos políticos, de associações e outras estruturas da sociedade civil, lembrando que o direito à manifestação está consagrado em Lei.
Salientou que comportamentos do género já se haviam registado, envolvendo deputados e militantes com camisolas deste partido, dias antes.
ANGOP
ANGOLA24HORAS.COM

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