segunda-feira, 18 de março de 2013

Os números enganadores do ensino superior ou a pirâmide invertida?


Este artigo que o Fernando Pacheco publicou esta sexta-feira no NJ é mais uma importante contribuição para percebermos melhor às quantas andamos no tocante à "febre das fáus".
Por este andar da carruagem qualquer dia a "reforma" ainda acaba com o ensino de base e depois faz o mesmo com o secundário/médio. 

REGINALDO SILVA
MORRODAMAIANGA.BLOGSPOT.COM

Pelos vistos agora o que conta para as estatísticas é só o numero de alunos do ensino superior.
Os resultado estão à vista de todos.
Só não vê, quem não quer...

"Como resultado desta política enganosa, hoje temos perto de 200 mil alunos no ensino superior, o que nos exalta o ego e a auto estima, como de hábito, e já foi anunciado que até 2015 teremos outros 200 mil. Eu, pelo contrário, vejo esta situação com elevada preocupação. Em primeiro lugar, por causa da referida falta de capacidade dos estudantes poderem assimilar as matérias complexas do ensino superior. Em segundo lugar, porque esta euforia dos jovens para acederem ao ensino universitário é fundamentalmente movida pelo desejo de serem “doutores” e com isso beneficiarem de um salário um pouco mais elevado e acederem a outro estatuto social. Quando, há poucos
dias, perguntei no Cunene se havia garantias de emprego para os estudantes de agronomia matriculados no Instituto Superior Politécnico de Onjiva, recebi a desconcertante resposta que isso não constituía um problema, pois os alunos eram, na sua maioria, já funcionários de diversas instituições públicas – que não têm nada a ver com o sector agropecuário – e que lá se manteriam, mas com salário
melhorado, por terem conseguido o curso “superior”."
Fernando Pacheco



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