O reinício
da venda de apartamentos no Kilamba ficou marcado por tumultos. O projecto de
habitação social de José Eduardo dos Santos está ser criticado pelos
compradores que questionam os procedimentos de venda.
As vias de
acesso à centralidade do Kilamba transformaram-se, nesta segunda-feira, em
palco de protesto contra o reinício da venda das habitações sociais.
Ergueram-se barricadas e queimaram-se pneus, como forma de protesto contra o
projecto de um milhão de casas do chefe de Estado angolano, José Eduardo dos
Santos, lançado em 2008, e que até à data não foi cumprido.
Os
compradores dizem que o preço das habitações sociais, avaliado entre oitenta a
duzentos mil dólares, está longe do alcance da maioria da população angolana.
Também a empresa responsável pela comercialização dos imóveis fala em
burocracia e da corrupção que existe no processo de venda dos imóveis.
O processo
de vendas dos apartamentos na centralidade do Kilamba havia sido já suspenso no
dia 22 de Fevereiro e, hoje, a retoma da comercialização fica marcado por
tumultos que obrigaram à intervenção das forças de ordem.
Entretanto,
esta tarde, a UNITA, o maior partido de oposição, avançou em conferência de
imprensa que vai propor amanhã ao executivo angolano a criação de duas
autarquias de nível supramunicipal, para assegurar a gestão sustentável da
capital. O anuncio foi feito pelo líder Isaías Samakuva, afirmou que se trata
de uma actualização das propostas apresentadas em 2010 às autoridades políticas.
RFI
ANGOLA24HORAS
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