Pretória
(Canalmoz) - O grupo português Galp Energia ganhou na passada semana um novo
parceiro chinês em Moçambique, o grupo CNPC, ao mesmo tempo que prepara em
conjunto com a Sinopec, igualmente da China, investimentos de grande dimensão
na exploração de petróleo no Brasil, de acordo com o respectivo plano
quinquenal.
O
grupo China National Petroleum Corporation (CNPC) comprou à italiana ENI uma
participação de 28,57% na ENI East Africa, a subsidiária do grupo italiano que
explora o bloco Área 4, ficando com 20% do bloco onde o grupo Galp Energia tem
uma participação de 10%.
O
grupo ENI, que funciona como operador daquele bloco e onde detinha até ao
negócio com o grupo chinês uma participação de 70%, tem vindo a anunciar
sucessivas descobertas de gás natural que se situam actualmente em 75 biliões
de pés cúbicos, montante superior às reservas conhecidas de um país como a
Noruega.
O
grupo português, por seu turno, tem como principais accionistas os grupos ENI e
angolano Sonangol, sendo esta última participação ao abrigo de uma parceria
entre a petrolífera angolana e o grupo português Amorim.
A
Galp Energia apresentou recentemente aos analistas o seu plano de investimento
quinquenal (2013-2017), no valor de 7,8 mil milhões de dólares, de que a parte
mais substancial será a parceria com a Sinopec para o Brasil, a Petrogal
Brasil, onde o grupo chinês detém uma participação de 30%, sendo os restantes
70% controlados pelo grupo português.
A Sinopec
assumiu formalmente há um ano a participação de 30% do capital da Petrogal
Brasil, na sequência de um investimento de 4,8 mil milhões de dólares,
realizado através de um aumento de capital.
A
Sinopec concedeu ainda um empréstimo accionista à Petrogal Brasil, num montante
de 360 milhões de dólares, que será utilizado para reembolsar empréstimos
accionistas da Galp Energia no mesmo montante, o que representa um encaixe
financeiro global para o grupo Galp Energia de 5,2 mil milhões de dólares.
A parceria luso-chinesa integra consórcios de
exploração que irão contar com 14 novos navios-plataforma, designados por FPSO,
capazes de processarem diariamente entre 120 mil e 150 mil barris e cuja
construção está avaliada em 21 mil milhões de dólares. (Redacção)
Imagem: www.2b1stconsulting.com
Sem comentários:
Enviar um comentário