Maputo
(Canalmoz) - activista cubano de direitos humanos, continua a suscitar a
solidadriedade da comunidade internacional. O jornal «Washington Post», num
editorial publicado esta semana, apelou à convocação de uma investigação
internacional que possa ser verdadeiramente independente e sem estar manchada
pelos métodos repressivos do regime de Havana.
As autoridades cubanas alegam que a
viatura em que Oswaldo Payá seguia, acompanhado de Ángel Carromero,
vice-secretário geral do Partido Popular espanhol, actualmente no poder, e de
Harold Cepero, activista cubano, havia chocado contra uma árvore devido a
excesso de velocidade. A família deOswaldo Payá negou a versão do regime.
De
regresso a Espanha, Ángel Carromero declarou à comunicação social que o
acidente, ocorrido na Província de Granma a 22 de Julho do ano passado, fora
provocado por um choque deliberado contra as traseiras do carro por uma viatura
do governo cubano. Ángel Carromero, que era quem conduzia o carro, disse ter
visto através do espelho retrivosor a matrícula do carro e que apurou ser
pertencente ao regime dos Castro-Ruz. Carromero acrescentou que foi
obrigado a declarar, sob o efeito de drogas que lhe haviam sido injectadas no
corpo, que o carro não havia sofrido nenhum embate nas traseiras.
De
60 anos de idade Oswaldo Payá havia conquistado o Prémio Sakharov atribuído
pela União Europeia em reconhecimento da sua posição firme em defesa dos
direitos humanos em Cuba. Payá foi nomeado para Prémio Nóbel da Paz por Vaclav
Havel, antigo presidente checo.
Ao longo da sua vida Oswaldo Payá
evidenciou-se por uma postura independente, tendo recusado filiar-se na Liga da
Juventude Comunista. Como jovem estudante de 16 anos, Oswaldo Payá recusou-se a
apoiar a invasão soviética contra a República da Checoslováquia em 1968,
contrariando assim a linha defendida pelo regime de Havana de colagem política
para com a URSS. (Redacção)
Imagem: Oswaldo Payá, activista
cubanos de direitos humanos, assassinado pelo regime no poder em Havana
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