sábado, 20 de junho de 2009

MPLA apoia terrorismo internacional


Não é nada surpreendente

«Kassim Tajideen, empresário libanês bem implantado no meio luandense, foi acusado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos de ser um dos angariadores de fundos para o Hezbollah, organização que Washington conota com o terrorismo internacional.

Peter James, em Washington*

SEMANÁRIO ANGOLENSE 20 a 27 de Junho/2009

Tadjideen é visto pelos Serviços de Controlo de Activos Estrangeiros do Departamento de Tesouro Americano como alguém que não só trabalha para uma organização terrorista, como apoiaria actos de terroris-mo.

Com ele foi também acusado Abd Al Menhem Qubayasi, outro empresário libanês mas baseado na Costa do Marfim. Abd Al Me-nhem Qubaysi é apontado como sendo o representante pessoal, na Costa do Marfim, de Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, a pedido de quem recebeu algumas pessoas, recrutou outras e promoveu eventos na Costa do Marfim. O texto acusatório do Departamento do Tesouro refere que Tajideen lidera uma sofisticada rede de negócios de libaneses em África, que angaria dezenas de milhões de dólares para o Hezbollah. «Os fundos são enviados para o Hezbollah através de um dos irmãos de Tadjideen, que ocupa uma posição relevante no comando militar da organização».

As companhias criadas em África por Tajideen «são artifícios destinados ao angariamento e à lavagem de dinheiro a favor do Hezbollah, que partilha parte dele com o Hamas», uma organização palestiniana que os Estados Unidos associam também ao terrorismo. Kassim Tajideen empregaria nas suas operações a empresa SOAFRIMEZ, baseada na Bélgica, e conhecida por ser uma das principais fornecedoras de companhias estabelecidas em Angola, nos Congos, na Costa do Marfim e na África do Sul. O dossier está sob alçada de Stuart Levey, sub-secretário do Tesouro para as questões de Inteligência, Terrorismo e Finanças. Publicações como o «Dia-mond Intelligence», de Tel Aviv (Israel), ligam Kassim e a sua trading à empresas do género baseadas em África, tais como a Congo Futur, na República Democrática do Congo, e a AfriBelg e Arosfram, as duas últimas angolanas.

Contactados pelo Semanário Angolense a administração da Arosfram, na pessoa de Francisco «Kito» Dias dos Santos, confirrmou que Kassim Tajideen é efectivamente sócio adc empresa. Contudo disse desconhecer qualquer actividade extra-empresarial do seu parceiro. «Há casos em que duas pessoas podem conviver e não saber da vida privada da outra. Às vezes há coisas que a nossa própria não sabe. Por isso, a actividade colateral desse sócio não vincula a Arosfram», explicou.

Kassim Tajideen é um libanês de 54 anos de idade nascido na Serra Leoa, que se mudou para Angola em 1990, onde se estabeleceu como grossista, chegando a erguer fábricas em Angola. Em 2005 comprou a Golfrate Group num processo cujo desfecho corre nos tribunais de Londres (ver caixa). Em Maio de 2003 ele e a mulher, Huda Saad, foram detidos e acusados na Bélgica, onde têm o que é suposto ser a sua principal base de lavagem de dinheiro, tráfico de diamantes e fraude fiscal.

Ambos foram postos em liberdade após terem pago fianças de € 125 mil cada, cerca de USD 172 mil. Por causa do suposto envolvimento com o Hezbollah, o Governo dos Estados Unidos congelou todos os bens de Kassim Tadjideen e de Abd Al Menhem. A ordem executiva 13224, assinada pelo presidente George Bush a 23 de Setembro de 2001, ou seja 12 dias após os ataques de 11 de Setembro, proíbe os cidadãos norte-americanos de realizarem qualquer tipo de transacção com ambos.»

*Com Silva Candembo,
SA

Imgaem: http://www.facebook.com/people/Kassim-Tajideen/720965507

2 comentários:

Dino Calei disse...

sou trabalhador do grupo arosfram.
porisso é que eles escravissam os seus trabalhadores.

Anónimo disse...

O ETERNO ÓDIO VISCERAL E ESTRANGULAMENTO SILENCIOSO DO ESPÍRITODE VERDADEIRA HUMILDADE E DISCRETISMO DA GERAÇÃO DO MAQUIE NUMA CONTINUIDADE DE PROGRESSO E REENCARNAÇÃO.

Muitos acham que o espírito de maquie e seus protagonistas vieram retirar benefícios já adquiridos e impondo outros estatutos.
Existe um duelo constante e fantasmático entre as duas correntes sobreviventes na nova cultura de retrocesso.
Esta corrente emergente alimenta ou pretende alimentar discretamente o estigma do maquie como factor de embaraço.
Mas a verdade é que as ideias do maquie ainda não foram totalmente reunidas e integradas pelos seus intervenientes da luta de libertação.
O grupo de Conacry da fundação do MPLA já proporcionava perfis de estruturação social previsíveis com carácter de identidade social semelhantes a nova era.
O maquie também trouxe liberdade, ideias, ganhos, benefícios diversos, marcas históricas inconfundíveis de grande intelectualidade, de uma massa crítica e de vários elencos dinamizadores como os fundadores do MPLA em Conacry e outras correntes políticas que contribuíram para a independência de Angola.
As novas gerações têm que se orgulhar dos lutadores pela liberdade verdadeiros artificies que não empobreceram ninguém.
De facto existem valores que têm que perdurar.
Os espírito do maquie, dos seus intervenientes oriundos de todas as vertentes imbuídos de espírito patriótico motivados por uma causa buscando todo tipo de emoções fortes não é sinónimo de atropelo institucional.
A globalização ira beneficiar e enriquecer alguns sistemas em detrimento de outros.
Com a falência económica provocado pela crise mundial e seu impacto diferenciado em várias latitudes surgem oportunidades acrescidas nas economias emergentes se elas reconsiderarem e valorizarem o capital financeiro e intelectual de grande valor recrutado das grandes academias mundiais.
Pois nem todos os estados de forma privilegiada reúnem oportunidades históricas tanto na conjugação de factores existentes ou alocados de capital intelectual, situações vantajosas únicas nesta era de oportunidade, flexibilidade conjugados com nível de criatividade, inovação.
Pois existem no meio de tanto constrangimentos oportunidades históricas para alavancarem para um progresso harmonioso.
As novas contingências e seus actores num esforço colectivo de compreensão dos verdadeiros motivos só associados a inovação, qualidade, criatividade, recurso ao capital intelectual competente e a oportunidade poderão pensar na prosperidade e melhoria da situação global.
ESCRITO POR:
Ayres Guerra Azancot de Menezes