sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Planeta dos Macacos 6


Ainda que seja tarde,
ainda que esteja cinza e chuva,
ainda que haja um oceano entre a amizade...
In Patrícia Guinevere

E com o sistema de transacções bancárias instalado, os bancos em Angola têm o futuro assegurado, rapinado, burlado, mafiado. E tudo na África Negra tem que ser teimosamente assim.

E faz parte dos contratos chineses a invocação: «graças aos nossos amigos chineses.» Claro que um governo mafioso, para sobreviver contrata as redes mafiosas.

E prossegue-se com as mesmas duas democracias. Uma para brancos e outra para negros. Uma democracia às claras e outra às escuras. Por aqui e por ali, está uma trapalhada que ninguém se entende. Até quem não recebeu o vencimento do seu trabalho desde Janeiro, quando exige o pagamento… é preso.
Democracias que fabricam monstruosidades. A democracia está como a religião, hipócrita… supera-a. A democracia navega no mar da hipocrisia da democracia dos campeonatos de futebol. Não há nenhuma diferença entre a democracia e o futebol. É que são todos jogadores.

Apesar de quase cinquenta anos em liberdade, é um povo que ainda vive nas cavernas. E os democratas prazenteiros oferecem-lhes um presente: a felicidade. Acenam-lhes com a democracia infestada de petróleo, e que com a democracia serão livres, independentes, e com o petróleo e os diamantes alcançarão a felicidade eterna. Como é fácil ludibriar o povo das cavernas.

Continuam felizes, pasmados com a democracia da fome petrolífera e diamantífera, e das casernas das cavernas. E o povo não sai, mantém-se cavernícola. E as democracias insistem-lhes que o desenvolvimento da miséria económica e social é o melhor caminho. Que assim a democracia consolida-se. E os bancos da democracia à portuguesa apoiam… com o congelamento das contas bancárias.

(Se a janela do quarto fica aberta entram grandes doses de mosquitos.)
Entretanto, naturalmente a democracia desenvolve-se. Já temos a democracia familiar. Este tipo de democracia interessa particularmente às democracias ocidentais.

(Neste momento ninguém está seguro em lado nenhum, cai chuva de argamassa.)
Onde não há lei, onde qualquer um nos pode tirar a vida, ou roubar, ou destruir os nossos bens, então a única solução é: a criação de células clandestinas de 4 ou 6 elementos e atacá-los, pagar-lhes na mesma moeda, especialmente banqueiros e especuladores. Um terrorismo combate-se com outro terrorismo.

Imagem: http://www.google.com/imgres?

Sem comentários: