sábado, 27 de junho de 2009

A volta ao mundo num avião impulsionado pelo Sol






ENERGIA Mede 63 metros e pesa como um carro


Efe Genebra EL MUNDO

Actualizado sexta-feira 26/06/2009 17:06 horas

O protótipo do primeiro avião capaz de voar dia e noite sem combustível fóssil, sem contaminar e exclusivamente graças à energia solar, foi apresentado pelo seu principal impulsor, Bertrand Piccard, neto do explorador que chegou pela primeira vez ao fundo da Fossa das Marianas e alcançou assim a máxima profundidade oceânica do mundo em 1960.

O avião fabricado à base de fibra de carbono tem a forma dum Airbus A340 (63,4 metros de largo), mas o seu peso é o de um automóvel normal (1.600 quilos), características que o convertem no avião de tais dimensões mais ligeiro que nunca jamais se construiu, explicou Piccard.

Está previsto que este novel aparelho – que poderá realizar os seus primeiros voos de prova antes de finalizar o ano – se desloque a uma velocidade de 70 quilómetros por hora.

A apresentação teve lugar ante umas 600 personalidades reunidas no aeródromo de Dubendorf, nas redondezas de Zurique, segundo a agência Suiça de noticias Ats.

12.000 células solares
As asas do aparelho estão equipadas com 12.000 células solares, que alimentarão de energia quatro motores eléctricos com uma potência máxima de 10 cavalos cada um, o que no conjunto produzirá uma força similar à de uma moto "scooter".

Essas mesmas células servirão ademais para carregar durante o dia as baterias que servirão para voar de noite. Como qualquer outro, o avião solar conta com um posto de pilotagem dotado de comandos e instrumentos de navegação.

Piccard explicou que este primeiro protótipo tem por objectivo demonstrar que é possível realizar um voo de 36 horas. Os resultados que se obtenham dos primeiros voos de prova servirão para construir um segundo avião destinado a dar a volta ao mundo em cinco etapas de cinco dias cada uma, uma ideia que se crê poderá fazer-se realidade em 2012, susteve o inventor.

O "Projecto Solar" busca demonstrar o potencial das energias renováveis, promover a sua utilização e demonstrar a poupança de energia que pode lograr-se graças às novas tecnologias.

A engenharia do avião apresentado requereu cinco anos de trabalho, entre simulações e a sua construção.

Foto: Bertrand Piccarde e Andre Borschberg, presidente da Solar Impulse, ante o avião. AFP

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