A polícia
brasileira afirma que o esquema de tráfico de mulheres do Brasil para Angola já
estava em vigor há dez anos. O chefe da polícia responsável pelo caso realçou o
papel de destaque protagonizado pelo general Bento Kangamba, parente próximo do
presidente angolano José Eduardo dos Santos.
Maria
Cláudia Santos
VOA
Os avanços
das investigações da polícia federal brasileira apontam que o esquema de
exploração sexual de mulheres comandado pelo general angolano Bento dos Santos
Kangamba existia há mais tempo, no Brasil, que os setes anos apontados
inicialmente.
A apuração do caso mostra que a quadrilha que traficava mulheres do Brasil para Angola, África do Sul, Portugal e Áustria, a fins de prostituição, agia há, pelo menos, 10 anos. O grupo de setes pessoas (cinco brasileiras e dois angolanos) movimentou nesse período mais de 45 milhões de dólares, numa estimativa ainda inicial.
O delegado da Polícia Federal de São Paulo, Luis Tempestini, coordenador da Operação Garina que desbaratou o grupo de criminosos, confirma que os cinco brasileiros envolvidos na organização já foram presos.
A expectativa agora é que sejam presos fora do Brasil, com a ajuda da Interpol, o general Bento dos Santos e o braço direito dele, o também angolano Fernando Vasco Inácio Republicano da companhia produtora de espectáculos LS – Republicano de Angola.
“Eles estão sendo procurados. Agora, a gente tem o trabalho de conseguir efetivar as prisões deles, já que todos os comparsas do grupo no Brasil foram presos. A polícia federal está atrás, mas acionamos a Interpol porque essas pessoas nunca vêm ao Brasil. Com essa ajuda, se os dois pisarem em qualquer país que o Brasil tenha tratado de extradição, eles serão presos”.
O delegado brasileiro explica que as investigações do esquema de exploração sexual iniciaram há cerca de um ano a partir de uma denúncia que já deixava clara liderança do angolano, conhecido como Tio Bento. “A investigação começou através de uma fonte humana nossa que trabalha na noite paulistana. Ela recebeu a informação de um grupo que estaria traficando mulheres para Angola”, afirma.
O delegado lembra que, de acordo com a denúncia, “o destino das mulheres seria um grande empresário de Angola, conhecido como Tio Bento, patrocinador de time futebol, grande empresário, brigadeiro da aeronáutica e casado com a sobrinha do presidente do país. Era uma pessoa influente que traficava as mulheres para ele e empresários, pessoas influentes em Angola, abusarem,” detalha.
Aqui, no Brasil, quem comandava o trabalho criminoso era o brasileiro, Wellington Edward Santos de Souza, também conhecido como Latyno. O delegado explica como era o papel de pessoa nesse esquema.
“O grande líder da organização criminosa era o Tio Bento. O grande executor era o brasileiro Latyno, o Wellington dos Santos, integrante da banda Desejos. Os dois eram os comandantes de todo o esquema. Eles delineavam a condução que a quadrilha iria seguir. Tio Bento era detentor da parte financeira. Ele pedia para o Latyno selecionar as mulheres e ele marcava os eventos em Portugal e Angola para que essas mulheres fossem exploradas.”
Ao todo, segundo o delegado o esquema vitimou mais de 1.500 mulheres. Parte dessas vítimas era atraída pela promessa de pagamentos que variavam de 10 a 100 mil dólares para “fazer programas” no exterior. Ele detalhe, no entanto, que a quadrilha aliciou mulheres com perfis diferentes, de famosas a brasileiras pobres que não sabiam que, no exterior, iriam se prostituir.
“Basicamente três tipos de mulheres foram aliciadas por essa quadrilha. O primeiro grupo é formado por mulheres famosas. Elas iam a Angola, Portugal e África do Sul e recebiam 100 mil dólares por uma semana. O segundo grupo era de mulheres de alto nível, capas de revistas masculinas no Brasil, que ganhavam 10 mil dólares por semana. O terceiro grupo era de mulheres humildades, que não eram prostitutas. Elas eram ludibriadas, acreditavam que iam dançar em Angola, Portugal, enfim”, diz Tempestini”.
Para fazer programas, a quadrilha oferecia falsos coquetéis antiaids, já que as mulheres eram obrigadas a terem as relações sexuais sem camisinha.
Além de Wellington Edward Santos de Souza, no Brasil foram presos na operação Garina: Luciana Teixeira de Melo, Rosemary Aparecida Merlin, Eron Francisco Vianna e Jackson Souza de Lima.
A apuração do caso mostra que a quadrilha que traficava mulheres do Brasil para Angola, África do Sul, Portugal e Áustria, a fins de prostituição, agia há, pelo menos, 10 anos. O grupo de setes pessoas (cinco brasileiras e dois angolanos) movimentou nesse período mais de 45 milhões de dólares, numa estimativa ainda inicial.
O delegado da Polícia Federal de São Paulo, Luis Tempestini, coordenador da Operação Garina que desbaratou o grupo de criminosos, confirma que os cinco brasileiros envolvidos na organização já foram presos.
A expectativa agora é que sejam presos fora do Brasil, com a ajuda da Interpol, o general Bento dos Santos e o braço direito dele, o também angolano Fernando Vasco Inácio Republicano da companhia produtora de espectáculos LS – Republicano de Angola.
“Eles estão sendo procurados. Agora, a gente tem o trabalho de conseguir efetivar as prisões deles, já que todos os comparsas do grupo no Brasil foram presos. A polícia federal está atrás, mas acionamos a Interpol porque essas pessoas nunca vêm ao Brasil. Com essa ajuda, se os dois pisarem em qualquer país que o Brasil tenha tratado de extradição, eles serão presos”.
O delegado brasileiro explica que as investigações do esquema de exploração sexual iniciaram há cerca de um ano a partir de uma denúncia que já deixava clara liderança do angolano, conhecido como Tio Bento. “A investigação começou através de uma fonte humana nossa que trabalha na noite paulistana. Ela recebeu a informação de um grupo que estaria traficando mulheres para Angola”, afirma.
O delegado lembra que, de acordo com a denúncia, “o destino das mulheres seria um grande empresário de Angola, conhecido como Tio Bento, patrocinador de time futebol, grande empresário, brigadeiro da aeronáutica e casado com a sobrinha do presidente do país. Era uma pessoa influente que traficava as mulheres para ele e empresários, pessoas influentes em Angola, abusarem,” detalha.
Aqui, no Brasil, quem comandava o trabalho criminoso era o brasileiro, Wellington Edward Santos de Souza, também conhecido como Latyno. O delegado explica como era o papel de pessoa nesse esquema.
“O grande líder da organização criminosa era o Tio Bento. O grande executor era o brasileiro Latyno, o Wellington dos Santos, integrante da banda Desejos. Os dois eram os comandantes de todo o esquema. Eles delineavam a condução que a quadrilha iria seguir. Tio Bento era detentor da parte financeira. Ele pedia para o Latyno selecionar as mulheres e ele marcava os eventos em Portugal e Angola para que essas mulheres fossem exploradas.”
Ao todo, segundo o delegado o esquema vitimou mais de 1.500 mulheres. Parte dessas vítimas era atraída pela promessa de pagamentos que variavam de 10 a 100 mil dólares para “fazer programas” no exterior. Ele detalhe, no entanto, que a quadrilha aliciou mulheres com perfis diferentes, de famosas a brasileiras pobres que não sabiam que, no exterior, iriam se prostituir.
“Basicamente três tipos de mulheres foram aliciadas por essa quadrilha. O primeiro grupo é formado por mulheres famosas. Elas iam a Angola, Portugal e África do Sul e recebiam 100 mil dólares por uma semana. O segundo grupo era de mulheres de alto nível, capas de revistas masculinas no Brasil, que ganhavam 10 mil dólares por semana. O terceiro grupo era de mulheres humildades, que não eram prostitutas. Elas eram ludibriadas, acreditavam que iam dançar em Angola, Portugal, enfim”, diz Tempestini”.
Para fazer programas, a quadrilha oferecia falsos coquetéis antiaids, já que as mulheres eram obrigadas a terem as relações sexuais sem camisinha.
Além de Wellington Edward Santos de Souza, no Brasil foram presos na operação Garina: Luciana Teixeira de Melo, Rosemary Aparecida Merlin, Eron Francisco Vianna e Jackson Souza de Lima.
Sem comentários:
Enviar um comentário