"Rui
Machete, o actual MNE (Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, antes só
Ministro dos Negócios Estrangeiros) – pelos vistos para os portugueses qualquer
relacionamento internacional só continua a se fazer pela via do negócio – teve
um encontro imediato de primeiro grau com uma certa comunicação social
angolana, oficiosa, onde terá apresentado eventuais “desculpas diplomáticas”
pelos casos que, habitualmente, e de quando em quando, a nossa comunicação
social oficiosa faz emergir das profundezas das secretárias dos jornalistas
(não dos Jornalistas) que por lá enxameiam e que servem para acirrar alguns
ódios de estimação contra a Justiça portuguesa e contra alguns políticos e
intelectuais lusos (as chamadas “elites corruptas
e caloteiras” o que se
estranha porque parece-me que não há políticos mais subservientes aos políticos
e ordenantes estrangeiros que os políticos lusos, e não é de agora…).
Tudo
porque Rui Machete, na habitual linha portuguesa de bem com Deus e com o Diabo,
reconhecida no tempo de Oliveira Salazar como “neutralidade colaborante”
achou por bem, evidenciando a necessidade de manter fora do rectângulo
português umas dezenas de milhares de emigrantes que se encontram em Angola –
nem para o que ainda estão em Portugal há “espaço sócio-económico” quanto mais
para os que possam regressar daí que Machete tenha dito que o fez em “defesa do
interesse nacional, a protecção dos portugueses que trabalham em Angola e da
nossa economia” – falar no que não deveria ter feito; falou em problemas de
Justiça.
Não
deveria fazê-lo, não porque não e enquadre nas suas funções de relações
exteriores, enquanto tratadas a esse nível, mas porque o fez junto de um órgão
informativo comunicacional ultrapassando, claramente, as suas competências e
entrando num domínio que, mesmo conhecendo da matéria por razões profissionais
e, por isso mesmo, também elas restrictas, lhes estavam vedadas.
Nem por
razões diplomáticas um ministro de um Estado, enquanto não o faça pela via das
suas funções e intra-pares, pode ou deve entrar no domínio que não é o seu.
(...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no portal Luso Monitor, em 10 de Outubro de
2013
Publicada
por ELCAlmeida às Pululu
Eugénio
Costa Almeida, Ph.D
Investigador/Researcher
do CEA (ISCTE-IUL)
(Facebook:
EugenioCostaAlmeida) - (twitter: @elcalmeida)
- (Linkedin:http://www.linkedin.com/profile/view?id=94844335)
(Academia.edu: http://iscte.academia.edu/Eug%C3%A9nioCostaAlmeida)
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