segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Qualquer relacionamento internacional só continua a se fazer pela via do negócio


  "Rui Machete, o actual MNE (Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, antes só Ministro dos Negócios Estrangeiros) – pelos vistos para os portugueses qualquer relacionamento internacional só continua a se fazer pela via do negócio – teve um encontro imediato de primeiro grau com uma certa comunicação social angolana, oficiosa, onde terá apresentado eventuais “desculpas diplomáticas” pelos casos que, habitualmente, e de quando em quando, a nossa comunicação social oficiosa faz emergir das profundezas das secretárias dos jornalistas (não dos Jornalistas) que por lá enxameiam e que servem para acirrar alguns ódios de estimação contra a Justiça portuguesa e contra alguns políticos e intelectuais lusos (as chamadas “elites corruptas e caloteiraso que se estranha porque parece-me que não há políticos mais subservientes aos políticos e ordenantes estrangeiros que os políticos lusos, e não é de agora…).
Tudo porque Rui Machete, na habitual linha portuguesa de bem com Deus e com o Diabo, reconhecida no tempo de Oliveira Salazar como “neutralidade colaborante” achou por bem, evidenciando a necessidade de manter fora do rectângulo português umas dezenas de milhares de emigrantes que se encontram em Angola – nem para o que ainda estão em Portugal há “espaço sócio-económico” quanto mais para os que possam regressar daí que Machete tenha dito que o fez em “defesa do interesse nacional, a protecção dos portugueses que trabalham em Angola e da nossa economia” – falar no que não deveria ter feito; falou em problemas de Justiça.
 Não deveria fazê-lo, não porque não e enquadre nas suas funções de relações exteriores, enquanto tratadas a esse nível, mas porque o fez junto de um órgão informativo comunicacional ultrapassando, claramente, as suas competências e entrando num domínio que, mesmo conhecendo da matéria por razões profissionais e, por isso mesmo, também elas restrictas, lhes estavam vedadas.

Nem por razões diplomáticas um ministro de um Estado, enquanto não o faça pela via das suas funções e intra-pares, pode ou deve entrar no domínio que não é o seu. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)

Publicado no portal Luso Monitor, em 10 de Outubro de 2013 
Publicada por ELCAlmeida às Pululu
Eugénio Costa Almeida, Ph.D
Investigador/Researcher do CEA (ISCTE-IUL)
(Facebook: EugenioCostaAlmeida)  - (twitter: @elcalmeida) -  (Linkedin:http://www.linkedin.com/profile/view?id=94844335)


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